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segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Diocese de Caicó celebrará missa em ação de graças na comunidade Inácio pela conquista de poço comunitário

Acontecerá na próxima quarta-feira, dia 02 de outubro, às 19h00, na residência de Nêgo e Zélia, na comunidade Inácio, zona rural do município de Caicó, uma missa em ação de graças pela conquista do poço tubular comunitário com capacidade de 16.000 litros por hora.

Este sistema de abastecimento foi uma ação do 1º BEC em parceria com a Diocese de Caicó, Cáritas Diocesana,  Seapac, Sindicato dos  Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais e a comunidade Inácio. 

Será um momento de celebração, agradecimentos por ter encontrado um tesouro escondido e fortalecimento das parcerias que faz brotar a Vida, Fomentar Sonhos e Construir Novas Relações Sociais, econômicas e ambientais na comunidade. 

 A missa será celebrada pelo administrador Diocesano de Caicó, Pe Ivanoff e contará com a presença do Comandante do 1º BEC, o Coronel José Sirnando Cavalcante. Todas as entidades parcerias, órgãos públicos e as comunidades circunvizinhas ao Inácio estão sendo convidadas para este momento revelador de sabedoria e convivência com a seca e o semiárido Caicoense.
Zélia - Comunidade Inácio

domingo, 29 de setembro de 2013

Caravana Agroecológica e Cultural percorrerá regiões de conflitos da Chapada do Apodi

A parte da Chapada do Apodi que fica no Rio Grande do Norte - uma das regiões do Brasil cujas famílias agricultoras agroecológicas sofrem pressão para sair de suas terras para que estas sejam ocupadas por uma agricultura não sustentável, à base de agrotóxicos e voltada para a exportação - vai receber a Caravana Agroecológica e Cultural da Chapada do Apodi, entre os dias 23 e 26 de outubro, em preparação ao 3º Encontro Nacional de Agroecologia (ENA).

Segundo informação advinda da assessoria de comunicação social da organização não governamental Articulação Semiárido Brasileiro (ASA), entidades sociais do Território Sertão do Apodi, ligadas à ASA e à Articulação Nacional de Agroecologia (ANA), e parceiros locais estão envolvidos na realização da caravana, que percorrerá diversos municípios da região e reunirá cerca de 300 pessoas no Nordeste e de outras regiões do país, além da população dos municípios visitados.
A caravana tem o objetivo mobilizar organizações e movimentos do território, promovendo o intercâmbio de experiências e fortalecer as redes locais. Além disso, a Caravana rumo ao 3º ENA torna-se, para a Chapada do Apodi, um espaço de socialização do potencial das experiências agroecológicas e de acusação do modelo do agronegócio, que destrói a autonomia da agricultura camponesa no território.
A região é alvo de grandes ameaças em decorrência do Projeto de Perímetro Irrigado do
Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs), que vai expulsar mais de seis mil agricultores de suas terras para favorecer a implantação de cinco empresas do agronegócio. "Como é triste ver terra sem gente e gente sem terra. Não podemos deixar que este projeto se instale e destrua nossa produção viva em que mulheres e homens convivem bem com a natureza e produzem alimentos limpos de agrotóxico", destaca Conceição Dantas, representante da Marcha Mundial de Mulheres.
Entre as rotas planejadas para a caravana, uma passará em Limoeiro do Norte, no Ceará, e Ipanguaçu, no Rio Grande do Norte, onde há perímetros irrigados já implantados - no caso de Ipanguaçu o Projeto Oswaldo Amorim (o Baixo-Açu). "Não podemos esquecer os que estão sofrendo com o projeto da morte dentro e fora de Apodi", ressalta o presidente do Sindicato de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de (STTR) de Apodi, Edilson Neto.
As caravanas territoriais em preparação ao 3º ENA serão realizadas em todas as regiões do país e funcionarão como exercícios de análise coletiva visando contrastar esses padrões opostos de desenvolvimento rural. A previsão é que as caravanas das regiões Amazônia, Sul, Sudeste e Cerrado aconteçam nos meses de outubro e novembro. A caravana da Chapada do Apodi terá início em Mossoró, onde será realizada a abertura oficial do evento, com momentos culturais, discussão política e apresentação dos cronogramas das quatro rotas.
O encerramento será no acampamento Edivan Pinto, no município de Apodi, onde estão acampadas mais de mil famílias em resistência ao Perímetro Irrigado da Chapada. Na ocasião, estão previstas apresentações de teatros, de contadores de história e outros artistas, e danças regionais. Haverá distribuição de material informativo, conversas com as comunidades, visitas à propriedades agroecológicas e aos grandes projetos do agronegócio. Rodas de capoeira, samba, debates e visitas a parques ecológicos também estão na programação.


Fonte: Jornal O Mossoroense.

Com biblioteca na mochila, jovens levam leitura a comunidades do RN

Uma bicicleta, uma mochila nas costas e 100 livros transformam jovens do Rio Grande do Norte em bibliotecas móveis. O projeto Agentes de Leitura, desenvolvido pelo Governo do Estado, selecionou jovens para levar a 41 cidades o hábito da leitura. Mais de 400 agentes circulam entre as zonas urbana e rural do Estado contando histórias e apresentando as obras para mais de 15 mil famílias. Criado pelo Ministério da Cultura há quatro anos, o programa faz parte do Mais Cultura e, apesar de previsto para todo o Brasil, ainda não entrou em prática em todos os Estados.

Com uma abordagem lúdica, que envolve brincadeiras, saraus, adivinhações e versos, os agentes introduzem as áreas menos desenvolvidas do Rio Grande do Norte a livros infantis, lendas e clássicos como Manuel Bandeira e o potiguar Câmara Cascudo. Para participar do projeto, foram selecionadas famílias beneficiadas pelo Bolsa Família que moram nos municípios com os menores Índices de Desenvolvimento Humano.

Alexandre Silva - agente de leitura  Macaíba/RN
O programa Agentes de Leitura foi lançado no dia 12 de dezembro de 2012. Desde 2009, no entanto, o Rio Grande do Norte já vinha organizando o projeto. Em 2011, o Estado selecionou os 41 municípios participantes e, em um segundo momento, escolheu 550 jovens para atuar como agentes - destes, alguns desistiram, restando 402. Como pré-requisito, os agentes deveriam ter entre 18 e 29 anos e já terem concluído o ensino médio. No último mês de maio, o projeto foi posto em prática. A receptividade da população foi bastante boa, acredita Márcio Farias, diretor da Biblioteca Pública Câmara Cascudo e coordenador do projeto.


Farias conta que cidades que tiveram problemas com relação ao envio do acervo de livros - situação já normalizada, afirma - receberam cobrança dos moradores que esperavam pelos agentes.


Os agentes de leitura passaram por uma série de oficinas realizada durante uma semana para capacitá-los a atuar no projeto. Geruza Câmara, que trabalhou como formadora dos agentes, afirma que o principal cuidado nesse processo de capacitação foi orientar os jovens a abordar as famílias com simpatia e contar as histórias com a entonação adequada.


Alexandre Silva estuda ciências da religião na Universidade Estadual do Rio Grande do Norte (UERN) e trabalha com oficinas de teatro. Sua experiência com interpretação foi fundamental para uma boa postura vocal e corporal, necessárias para a leitura. Silva circula entre a cidade e a zona rural de Macaíba, região metropolitana de Natal, e troca livros com agentes da capital para variar o acervo.

Para exercer esta atividade por um ano, os agentes recebem uma bolsa-auxílio mensal no valor de R$ 350. O pagamento, no entanto, não está acontecendo. Farias explica que a razão é um entrave burocrático relacionado à documentação dos bolsistas, que não está regularizada. Em páginas no Facebook, os alunos manifestam sua insatisfação e uma greve chegou a ser programada. Silva diz que a falta de remuneração desmotiva muitos dos colegas. Por outro lado, aponta o aprendizado das crianças como recompensa maior. “Há uma menina que sempre me pede para emprestar um livro quando passo em frente à sua escola. Já ando sempre com eles na mochila”.

Fonte: Site Terra

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Chamada pública investe R$ 7 milhões na agricultura familiar

Agricultores familiares de todo o Brasil vão ajudar populações que se encontram na linha de extrema pobreza. A iniciativa faz parte da primeira chamada pública na modalidade Compra Institucional, do Programa de Aquisição de Alimentos, executado pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (PAA/MDA), lançada pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS). Com investimento da ordem de R$ 7 milhões, a ação prevê a compra de 2,8 milhões de toneladas de alimentos diretamente da agricultura familiar para distribuir às famílias mais pobres.

Para participar, agricultores familiares, assentados da reforma agrária e quilombolas devem estar organizados em cooperativas. Feijão, farinha de trigo, farinha de mandioca, flocos de milho e macarrão, adquiridos da agricultura familiar, comporão as cestas que serão entregues a grupos de indígenas, quilombolas e pescadores artesanais assistidos pelo Plano Brasil Sem Miséria (PBSM), do Governo Federal, e a municípios em situação de emergência. Para esses municípios, o Governo investirá, até 2014, R$ 130 milhões, contemplando 400 mil famílias.

As cooperativas têm até o dia 27 de setembro para enviar as propostas à Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Caberá as Superintendências Regionais da Conab fazer a análise das propostas e da documentação, priorizando o detalhamento dos produtos e a quantidade necessária em cada unidade de armazenamento.

Todos os estados podem participar. Está prevista a compra de mais de um milhão de toneladas de pacotes de um quilo de feijão   o estado que mais fornecerá será Pernambuco, com mais de 196 mil unidades. Os estados do Paraná e de Santa Catarina serão responsáveis pelo fornecimento da farinha de trigo, totalizando quase 65,5 mil pacotes de um quilo.

Acesse aqui para obter maiores informações. 


Fonte: Ministério do Desenvolvimento Agrário

terça-feira, 24 de setembro de 2013

SEAPAC realiza capacitações nos municípios de Bodó e Lagoa Nova


No período de 24 a 28 de setembro o SEAPAC realizará capacitações para as famílias beneficiadas pelos programas P1MC e P1+2, da Articulação do Semiárido Brasileiro – ASA, nos municípios de Bodó e Lagoa Nova. 

Nos dias 24 e 25/09 (terça e quarta-feira) serão realizadas no município de Bodó as capacitações em GRH (Gestão de Recursos Hídricos) para beneficiários do Programa 1 milhão de Cisternas (P1MC), em parceria com a Fundação Banco do Brasil. A capacitação tem como objetivo  incrementar a mobilização, a motivação, a compreensão e o conhecimento das famílias sobre cidadania e convivência com o semiárido, como também sobre o processo de captação, gestão e manejo da água de chuva por meio das cisternas de placas.

Em Lagoa Nova serão promovidas as capacitações em GAPA (Gestão de Água para Produção de Alimentos), durante os dias 26 a 28/09 (quinta a sábado), envolvendo as famílias beneficiárias doP1+2 (Programa uma terra e duas águas), em parceria com a Petrobrás. A capacitação têm como objetivos apresentar as tecnologias sociais de convivência com o semiárido, despertar e contribuir com as famílias para a transformação da realidade do Semiárido, a partir da troca de conhecimentos, bem como orientar e conscientizar os(as) agricultores(as) a utilizarem a água da chuva para a irrigação de plantios orgânicos - facilitando o cultivo de hortaliças e verduras - e para a criação de pequenos animais,  principalmente no período de estiagem.

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

ASA promove encontro nacional de comunicadores



De 16 a 18 de setembro comunicadores da ASA (Articulação no semiárido) reuniram-se em Recife para discutir a comunicação popular enquanto mecanismo de convivência com o semiárido. O Encontro Nacional dos Comunicadores/as da ASA reuniu mais de 70 comunicadores/as, representantes da Articulação, e profissionais que atuam na perspectiva da comunicação como um direito humano.

Inicialmente uma a dinâmica da linha da vida e dos acontecimentos do surgimento da ASA foi sendo construído cronologicamente pelos participantes, elencando diversos episódios da história sociopolítica brasileira e dos movimentos sociais, o que serviu como instrumento a compreensão de muitos comunicadores/as que são recém-chegados à ASA.

O encontro também lançou o olhar para as práticas de comunicação desenvolvidas pelos povos do Semiárido, valorizando o potencial de agricultores/as produtores/as de conhecimento, tendo como exemplo experiências exitosas de criação de rádios comunitárias, a formação de associações, cooperativas e redes nos estados. A mestra em comunicação, Viviane Brochardt, apresentou experiências de protagonismo das famílias agricultoras do estado da Bahia e do Norte de Minas Gerais.

Outro resgate histórico especificamente sobre a comunicação na ASA e a sua prática atual foi abordado durante o encontro. Entre os momentos de exposição e diálogo com participantes, houve a partilha de experiências que trouxeram a comunicação como um direito humano. Para a ocasião, foram convidadas a jornalista e integrante do Conselho Curador da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Ana Veloso, e a integrante do Movimento Sem Terra (MST), Solange Engelmann.

Ponto culminante do encontro foi à exposição de fotos feitas pelos próprios comunicadores em suas áreas de atuação. O nome da exposição “Um olhar de bem-querer sobre o semiárido” já retrata que o objetivo das imagens é retratar o belo em cada paisagem e principalmente em cada pessoa do sertão.

Ao final todos celebraram o evento como sendo um momento ímpar para alavancar o debate sobre a comunicação popular, e pautar politicamente como uma bandeira luta imprescindível para o fortalecimento da convivência com o semiárido. Ser comunicador popular não é apenas divulgar ações de convivência com o semiárido, mas sim transformar o povo de mero receptor a produtor de uma mensagem que traduza a vida sertaneja.


Lêda Mayara - Comunicadora Popular SEAPAC-RN
Eudes Costa - Comunicador Popular ASPA apicultores - PB
 

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Chapada do Apodi, Morte e Vida. A resistência e a esperança de vida de milhares de famílias.

A Chapada do Apodi fica na divisa entre Ceará e Rio Grande do Norte. Em 1989, o Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS) implementou um projeto de irrigação no lado cearense. A área foi ocupada por grandes empresas de fruticultura, desarticulando a produção de milhares de pequenos agricultores. Desde 2013, um projeto semelhante está prestes a chegar ao lado potiguar da chapada, ameaçando 6 mil agricultores familiares.
 Na Chapada do Apodi, a resistência é a esperança de vida das famílias agroecológicas que estão sendo ameaçadas pelo projeto de irrigação do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS), o "projeto da morte". O documentário "Chapada do Apodi, Morte e Vida", dirigido por Tiago Carvalho e produzido pela Articulação Nacional de Agroecologia (ANA) e VideoSaúde/Fiocruz dá voz às famílias que estão sofrendo com as imposições do "projeto da morte". Além do abuso de retirar as famílias agroecológicas, o projeto pretende consolidar o agronegócio e a consequente insustentabilidade social, ambiental e econômica na região. 
 Assista, divulgue e participe da luta pela vida na Chapada do Apodi.Clique Aqui

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Conselho Estadual de Recursos Hídricos debate projeto da Barragem da Oiticica

Pela primeira vez na história de existência, o Conselho  Estadual de Recursos  Hídricos, realizará reunião em Caicó.  Esta reunião acontecerá, na próxima quarta-feira, dia 25 de setembro de 2013, a partir da 15h00 no IFRN de Caicó, localizado na RN 288 , na saída para São José do Seridó.
Será uma reunião especifica para apresentação e esclarecimentos sobre o projeto de construção da barragem de Oiticica. Na oportunidade será apresentado detalhes sobre: a)Projeto geral e executivo; b) Proposta de revisão dos cadastros, desapropriações e indenizações ; d), Plano de mobilização social e projeto de reassentamento da população atingida; e) Apresentação dos estudos elaborados para o atendimento a todas as condiconantes para obtenção das licenças ambientais; f) finalmente informações sobre as fontes e disponibilidade financeira para atender todas as demandas do projeto.
Na reunião estarão presentes por serem parte integrantes do CONERH os/as conselheiros/as, o procurador do estado Francisco Sales, o Secretário de SEMARH, Leonardo Rêgo e as seguintes  autoridades/instituições convidadas:  Prefeitos Vereadores/as, Promotores/as, Padres, comitê da bacia do piancó-piranhas-açu, imprensa do seridó,  produtores/as rurais, agricultores/as familiares, Pastores, Seapac, Território da cidadania do Seridó, Cáritas Diocesana de Caicó, Pastoral das Criança,  Sindicatos, cooperativas, Associações, conselhos, Codepeme,  Adese, Emater, EMPARN, DNOCS, UFRN, UERN,Sebrae , clube de serviços, Marçonarias,  movimentos sociais e populares. 
Para o conselheiro José Procópio de Lucena,  este será um momento de grande significado de controle social e governança colegiada para construção da barragem de Oiticica, para que os direitos das famílias atingidas sejam respeitados e a justiça realizada."Como já é de conhecimento público somos a favor da construção da barragem, pela segurança hídrica e os benefícios sociais e econômicos que trará para região. Porém, somos contra a qualquer injustiça e desrespeito aos direitos dos moradores da bacia da barragem, tanto do lado do RN quanto da PB, e queremos garantias financeiras por parte do governo do Estado para o pagamento das indenizações e implantação do projeto social.- disse José Procópio

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Beneficiários do P1+2 conhecem experiências de transição agroecológica



Barreiro trincheira
SEAPAC realizou um intercâmbio intermunicipal aos municípios de Barcelona e Lajes Pintadas, nos dias 12 e 13 de setembro, em que os beneficiários do município de Sítio Novo puderam conhecer três experiências de processos agroecológicos, construídos a partir das implementações de tecnologias sociais. A atividade faz parte da programação prevista no Programa Uma Terra e Duas Águas (P1+2), em parceria com o programa da Articulação Semiárido Brasileiro (ASA) com patrocínio da Petrobrás. A primeira parada foi no Assentamento União, município de Barcelona, onde eles visitaram a experiência de Seu Luiz, que possui um Barreiro-trincheira construído há dois anos, com recursos do MDS, através da FETRAF/ASA. 
Pode-se perceber que apesar das dificuldades no que se refere à assistência técnica, seu Luiz consegue, a partir da água acumulada no seu barreiro, produzir hortaliças e verduras, promovendo a segurança alimentar de sua família e gerando renda, já que o excedente da produção ele vende todas as sextas-feiras na feira local. Já a segunda experiência foi a de seu Zezinho, também localizada no Assentamento União. Lá, a barragem subterrânea foi construída no leito de um riacho e, apesar da seca que atingiu a região este ano, com as poucas chuvas que caíram, seu Zezinho conseguiu plantar milho e capim, graças à construção dessa tecnologia que possibilitou o acúmulo de água no subsolo. Após conhecer as experiências no município de Barcelona, os participantes fizeram uma roda de conversa e o coordenador, Damião Santos, explicou como funciona cada umas das tecnologias visitadas. 
No dia seguinte, o grupo dirigiu-se para a comunidade Catolé, distante 06 quilômetros do município de Lajes Pintadas, região Trairi do estado norteriograndense. Lá, vive seu Pedro Giliarde da Silva, com sua esposa Josicleide Maria de Lima, e seus dois filhos. Ao chegar à comunidade avistou-se, logo no quintal, a primeira cisterna conquistada, de 16 mil litros, que possibilitou a estocagem de água para beber e cozinhar. A segunda foi a cisterna calçadão, que trouxe para seu Pedro e sua família oportunidade de captar água para produzir. Ao caminhar pelo quintal os agricultores ficaram maravilhados com tamanha diversidade de culturas existentes ao redor de casa; inclusive alguns agricultores levaram sementes para plantarem em seus quintais. 
Seu Pedro cultiva hortaliças, legumes e verduras como: coentro, cebolinha, alface, pimentão, tomate tradicional, tomate cereja, beterraba, quiabo, fava, feijão e milho, consorciado com a palma. Além disso ele cultiva mamão e pitanga, e cria porcos e galinhas. Todas estas variedades são utilizadas para a segurança  e soberania alimentar e nutricional de sua família; o excedente Seu Pedro vende para o comércio local e o município vizinho, Santa Cruz, como também para o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), que é distribuído para as escolas de seu município. A família trabalha com o canteiro econômico e, para o gerenciamento das águas, utiliza um sistema de microaspersão, sem desperdícios do bem tão precioso. “Eu gostei muito de conhecer este sistema que ele usa para aguar, vou levar esta experiência para o meu quintal, além de prático, gasta menos água”, disse Dona Marlene, beneficiária da cisterna calçadão, na comunidade Serra Chata. Para fertilizar a terra, seu Pedro utiliza como adubo um composto orgânico feito com folhas secas, cinzas e esterco, o qual ele aprendeu a fazer na capacitação do SSMA (Sistema Simplificado de Manejo de Água para Produção). Após um almoço agroecológico na casa de seu Pedro e Dona Josicleide, o grupo seguiu para Santa Cruz, onde houve mais uma roda de conversa e os beneficiários puderam expor suas impressões sobre as experiências visitadas.  Para finalizar, seu Francisco Antônio, conhecido por Canindé, traduziu em forma de verso os dias vivenciados no intercâmbio:

Hoje a visita de campo me chamou muita    atenção
Junto com a Petrobrás fazendo a programação
Vim junto com José Carlos, Canindé e Damião
Para melhorar a vida do meu sertão

Um programa como esse não conheço desde do tempo de “minino”
Na terra do meu sertão o povo é “piquinino”
O governo cumpre e faz junto com a Petrobrás
Para fazer novos destinos


Sabemos que a vida do sertanejo não é fácil, contudo, este intercâmbio nos mostrou que a vida no Semiárido é possível e que, para isso, as famílias devem adaptar-se ao ambiente, respeitando a natureza e associando a ela tecnologias capazes de promover a melhoria na qualidade de vida do povo que habita a região semiárida.

FOTOS DO QUINTAL PRODUTIVO DE SEU PEDRO
Por: Diana Mariz
Revisão: Verônica Barros

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Dão Rosendo e a riqueza da cultura sertaneja

Em cima da Serra Preta, município de Cerro Corá - RN vive Dão Rosendo e sua família. Seu Dão é um homem experiente, trabalhador, alegre e muito inteligente,um artista. Desde criança viveu da agricultura. A escola que ele teve foi uma carta de ABC e a vida. Ele é agricultor e também repentista.

Ele é casado com Dona Luzia, eles tem uma bela história de amor muito bonita. Essa história de amor tem como fruto seis filhos: Vanderleis, Antônio, Garibaldi, Henrique, Evandro e Marizete.

Dão é muito conhecido na redondeza por ser cantador de viola, dom do qual ele tem muito orgulho. Segundo ele seu talento para o repente se revelou desde criança, mas só desenvolvido na fase adulta da sua vida. Dão Rosendo é mais um beneficiário do P1+2 ( Programa uma terra, duas águas), financiado com recursos da PETROBRÁS, uma parceria entre SEAPAC (Serviço de apoio aos projetos alternativos comunitários) e ASA (Articulação no semiárido). Para saber mais sobre a historia e o talento de Dão Rosendo, Clique Aqui

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Semiárido é tema de exposição fotográfica no Recife

No próximo dia 17, Recife recebe a exposição fotográfica Um olhar de bem-querer sobre o Semiárido.Fruto de um trabalho coletivo da Articulação Semiárido Brasileiro (ASA), a iniciativa retrata a convivência com a região semiárida nos nove estados do Nordeste e no Norte de Minas Gerais. 

A exposição acontece no momento em que o Semiárido passa pela maior seca dos últimos 50 anos. No entanto, a iniciativa propõe um novo olhar sobre as diversas riquezas da região. Juventude e cultura, sementes, produção agroecológica, acesso à água e comercialização são alguns dos recortes do Semiárido retratados na exposição.

 Serviço:
O quê? Exposição Um Olhar de bem-querer sobre o Semiárido 

Onde? Hotel Jangadeiro, Av. Boa Viagem, 3114, Boa Viagem, Recife - PE
Quando? 17/09 (terça-feira), às 20h.
Entrada franca.


Programa Riquezas da Caatinga aborda cultura do semiárido

 O programa Riquezas da Caatinga é uma produção da ASACOM. Um programa de rádio que aborda o que nossas terras tem de belo. O Semiárido é música. Nesta perspectiva, o Riquezas da Caatinga sobre a Resistência da Musicalidade no Semiárido ouve e aplaude homens e mulheres que cantam e encantam as belezas da região. Os arranjos e rimas também são as estratégias para lutar por um Semiárido mais justo, além de revelar o valor e importância da diversidade cultural da região. Participam desta edição a artista Antonieta Santana, do município de Canindé (CE), além dos artistas Júlio Antão, do município de São Caetano (PE), Samuel Furtado, de Itapipoca (CE) e Manoel Leandro, do Crato (CE). Para ouvi-lo na íntegra clique aqui.

O agronegócio brasileiro contribui para o aquecimento global

"Este documento traz uma síntese de notícias veiculadas na imprensa acerca da relação do agronegócio com o aquecimento global e, em particular, do Brasil, baseado em estudos realizados pela Embrapa e pela Unicamp, os quais serão divulgados nesta semana", a opnião é de João Marcelo Intini, engenheiro agrônomo. Para ler na integra clique aqui.

terça-feira, 10 de setembro de 2013

ASA Potiguar realiza reunião em Caicó




A ASA Potiguar realizou hoje (10/09), na sede da ADESE em Caicó/RN, reunião mensal com as entidades que fazem parte do coletivo. Estiveram presentes representantes da AACC, TECHNE, Sertão Verde, Terra Livre, SEAPAC, FETRAF e FETARN, além de delegados das microrregionais. A reunião pautou-se na análise do cumprimento dos objetivos pré-estabelecidos e definição dos novos rumos a serem tomados.


Durante esse encontro foi avaliado o andamento dos programas de cisternas (P1MC e P1+2) em execução executados pelas instituições do RN que compõe a ASA. Alguns outros informes foram feitos por parte da coordenação no que se refere ao Programa Nacional de Habitação Rural, a Caravana Agroecológica, e o projeto de resistência da Chapada em Apodi, bem construção de calendários de atividades e encontros a serem realizados nas microrregionais e no estado.


As reuniões mensais da Asa Potiguar visam sempre discutir suas políticas pedagógicas contribuindo desta forma para que melhores condições de convivência cheguem à população do semiárido.