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sexta-feira, 28 de março de 2014

Representantes de MISEREOR conhecem trabalho do SEAPAC


Encontro entre SEAPAC e MISEREOR (Foto: José Bezerra)
O Serviço de Apoio aos Projetos Alternativos Comunitários (SEAPAC) recebeu a visita de duas representantes da MISEREOR, Madeleine Brocke e Almute Heider, no dia 27 de março. Trata-se de uma visita de rotina, com o objetivo de acompanhar o trabalho do SEAPAC, entidade com a qual a MISEREOR tem uma parceria de vários anos. “Estamos vendo o desenvolvimento do trabalho e discutir, em conjunto, as estratégias para os próximos anos”, afirmou Almute. A visita constou de duas etapas. Na primeira, Madeleine e Almute conheceram comunidades acompanhadas pelo SEAPAC, no município de Sítio Novo, onde há trabalhos com cisternas calçadão, de enxurrada, quintais produtivos e criação de aves e pequenos animais. 

Lá, elas se encontraram com pessoas de várias comunidades. “Vimos que a instalação das cisternas, tanto de placas (primeira água, para consumo humano) quanto de segunda água (para produção de alimentos), é fundamental para combater as secas constantes no Nordeste. Não dá nem pra comparar com a seca de 1980. Agora as pessoas sofrem, também, mas sobrevivem na terra, sem ter que ir embora. Ainda falta água, mas as consequências da seca estão tão bem amenizadas que elas conseguem viver e ainda dá para produzir alimentos”, constatou Almute. Outra constatação que ela fez foi a educação que o SEAPAC realiza e que faz com que as pessoas sintam satisfação na vida no campo. “Dá pra ver na postura das pessoas, no orgulho de ser agricultor, mais firmeza na vontade de ficar no campo”, acrescentou.

A segunda parte da visita foi um encontro com a coordenação do SEAPAC e as equipes dos Núcleos de Natal, Mossoró e Caicó. “Nesse encontro, normalmente a gente leva mais perguntas do que resultados. Mas isso é bom, porque fortalece a nossa parceria e a construção de estratégias em conjunto para contribuir com a mudança da sociedade brasileira, para que seja mais justa”, disse Almute. Ela conclui afirmando que se percebe um trabalho bem articulado e em conjunto, envolvendo a coordenação estadual e as equipes diocesanas. Almute também lembrou a necessidade da discussão em conjunto, entre MISEREOR e o SEAPAC, visando desenvolver um trabalho de captação de recursos e alcançar os objetivos firmados na parceria.
Almute e Madeleine chegaram a Natal no dia 26, se encontraram com o SEAPAC no dia 27 e, nos dias 28 e 29 visitaram outros parceiros da MISEREOR, entre os quais o Serviço de Assistência Rural (SAR), da Arquidiocese de Natal.

Cáritas de Caicó realizará formação para jovens



A Cáritas Diocesana de Caicó, em parceria com o Serviço de Apoio aos Projetos Alternativos Comunitários – SEAPAC e com a Escola Diocesana de Fé e Política Dra. Zilda Arns, realizará nos dias 29 e 30 de março, a partir das 08:30hs, no Centro Pastoral Dom Wagner em Caicó, o primeiro módulo, do projeto Juventude, Protagonismo e Políticas Públicas. 

O Projeto tem como objetivo trabalhar na Diocese de Caicó/RN, compreendendo seus zonais com respectivas Paróquias neles localizados, na perspectiva de promover formação Político - cidadã de lideranças jovens, para atuar como agentes multiplicadores, tendo em vista o fortalecimento dos grupos existentes, e a criação de novas iniciativas de organização, visando o protagonismo do jovem na conquista de políticas públicas, bem como, a criação de conselhos municipais de juventude para o exercício do controle social.

O Projeto está dividido em três módulos. Neste primeiro módulo terá como tema:  Identidade Juvenil (Onde estão os jovens? Quem são eles? O que estão fazendo?)  e Relação Fé, Política e Juventude.

terça-feira, 25 de março de 2014

A cisterna no semiárido muda a rotina da família

Com orçamento em 2014 de R$ 643 milhões, o MDS planeja entregar mais de 100 mil cisternas nos Estados do NE, em MG e ES
O Jornal Tribuna do Norte, de Natal-RN, edição do dia 23 de março de 2014, publicou uma entrevista com Arnoldo de Campos - secretário nacional de Segurança Alimentar e Nutricional do MDS e responsável pelo Programa Cisternas. Leia abaixo a entrevista:

A cisterna no semiárido muda a rotina da família”



O Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) entregou no Rio Grande do Norte, de 2011 até o final do ano passado, 12.892 cisternas de placa destinadas ao consumo doméstico de água a famílias de baixa renda do Semiárido, dentro do programa Primeira Água. Ao todo, foram beneficiadas cerca de 50 mil pessoas. Além disso, houve a instalação de 1.309 estruturas de captação e armazenamento de água para uso na produção pelos agricultores familiares pobres da região. A meta para o Estado é receber 21,7 mil cisternas para consumo e 2,6 mil estruturas para produção. Em todo Semiárido foram entregues mais de 266,7 mil cisternas e 30,2 mil tecnologias de apoio à produção. “A mudança é radical com essa tecnologia de cisternas porque a situação hoje é de focar sem água com a seca e estamos garantindo água para o consumo e para a produção. Isso é estrutural, é importante e complementa-se bem com essas obras de infraestrutura que darão esse suporte maior no tempo”, avalia o secretário nacional de Segurança Alimentar do MDS, Arnoldo de Campos. Em entrevista à TN, Campos que é o responsável pelo programa de Cisternas detalhou o Primeira Água. Com orçamento em 2014 de R$ 643 milhões, o MDS planeja entregar 103,2 mil cisternas de placa e mais 5,7 mil cisternas para uso na produção agrícola nos 9 estados do Nordeste e Norte de Minas Gerais e do Espírito Santo.

A estiagem prolongada que levou vários municípios a decretar emergência pela seca, aqui no Estado já são 161 cidades nessa situação, muitos abastecidos pela operação carro-pipa. Como o senhor avalia programa de cisternas, tem tido resultado, está integrado a essa operação, há prioridade para municípios nessa situação?
Avaliação é muito positiva. A cisterna no Semiárido muda a rotina da família de modo importante. Nesse momento que vivemos uma estiagem ainda maior, a cisterna de placa permite a família ter uma autonomia maior em armazenar água para consumo humano. Em clima relativamente normal, a região do Semiárido tem seca todos os anos em torno de seis a oito meses. E ter uma cisterna 16 mil litros, significa ter água armazenada durante esse período para família de até cinco pessoas. Isso evita que a mulher ou os filhos tenham que se deslocar, mais de uma vez por semana perdendo horas do dia, para lugares longe em busca de água. Ter água é fundamental para ter dignidade e para o combate a pobreza. Muda a qualidade da vida para melhor, o cuidado com a saúde, promove segurança alimentar e nutricional, faz com que essa família cuide dessa água que ela capta da chuva, de um açude, de um local conhecido. E até quando esta água acaba, o reabastecimento da cisterna por meio de carros-pipas ganha na melhoria da logística, que passa  a ter um estoque de água na comunidade. Essa acaba sendo uma vantagem para essa Operação (carro-pipa) que precisará de menos pontos de abastecimento, com uma cisterna abastecendo mais de uma casa, de  quatro a cinco famílias numa comunidade, a frequência de retorno do carro é menor, tudo fica menos difícil de enfrentar.

Quais os critérios para receber essas cisternas? É preciso o município ter decretado calamidade ou já está inserido em algum programa?
O município tem que estar no semiárido, no Nordeste e no Norte de Minas e do Espírito Santo. Ao todo são 1.426 cidades atendidas com o programa de cisternas. Então, o primeiro critério é territorial, precisa estar no Semiárido, e o segundo é de renda das famílias. As cisternas são para famílias de baixa que estão no cadastro único do governo federal. A nossa meta é 750 mil cisternas no Semiárido durante o governo Dilma porque 750 mil são as famílias do Cadastro Único sem acesso à água. No Rio Grande do Norte, 28.301 famílias declararam no cadastro único que não tinham acesso regular a água e serão beneficiadas com o recebimento dessas cisternas.

Como é feita a instalação e a fiscalização desses equipamentos? O MDS tem esse controle?
Nós temos em cada município um comitê gestor que faz o controle social do programa de cisternas que se envolvem com conselhos locais de desenvolvimento rural, com representantes dos beneficiários, das Prefeituras e da assistência técnica, que faz a gestão local. A execução é feita de dias formas, por meio dos Estados que estão localizados no Semiárido e também com entidades da sociedade civil, que no caso do MDS que constroem as cisternas de placas, que responde por 60% do total de cisternas. Nós contratamos essas instituições por meio do Estado ou Articulação Semiárido (ASA),  repassam esses recursos, monotoram, coordenam a construção dessas cisternas.

O senhor mencionou que para o RN são 28 mil cisternas. Já foram todas entregues?
Para o Semiárido inteiro das 750 mil, já entregamos 481 mil cisternas quase 73%. No RN, das 28.301 nós já entregamos 21.723 cisternas e estamos com 7.880 em fase de construção, já capacitando essas famílias para dispor e bem usar essa tecnologia. Esperamos até o final deste ano ter todas as famílias de baixa renda do Estado com essas cisternas instaladas em suas casas.

Como é feita essa capacitação?
Há duas formas, uma delas é o uso da água, a qualidade. Essa família precisa saber como captar, como armazenar e usar bem esse recurso. E outra parte das famílias é capacitada para a construção, para fazer e instalar esses equipamentos usando essa tecnologia. Nós construímos com a comunidade, recebe uma ajuda de custo para isso.

Com quase 80% das cisternas entregues em um Estado onde 161 prefeituras renovam decretos de emergência contra a seca, quais os resultados, na prática, desse programa?
Olha, essa é a maior seca dos últimos 50 anos e os resultados são bem palpáveis. Nós tivemos uma situação bem menos dramática do ponto de vista das pessoas do que em secas menores em anos anteriores, onde se vivia uma pobreza maior, fome, migração de famílias que abandonavam suas casas, suas terras, saques.

Só com instalação de cisternas?
Nós montamos junto a Secretaria de Defesa Civil um monitoramento de chuvas, dos municípios afetados, daqueles que estão como decreto vigente, a vencer, a renovar, níveis de reservatórios, os que estão secando bem abaixo que tipo de medidas foram adotadas. E nisso temos o garantia Safra, para os produtores rurais que amargaram perdas, o Bolsa Estiagem para aqueles que não estavam no Garantia Safra. Temos o Bolsa Família, a transferência do milho e o programa de cisternas com o Primeira Água e o Segunda Água, esta para produção agrícola já a todo vapor,  para termos um estrutural com a horta, a água para os animais, o quintal produtivo para a família. Isso com financiamentos altamente subsidiados em até 40% para aqueles pequenos produtores cujas propriedades tem capacidade hídrica, irrigação, tanques,açudes. É um conjunto de ações que permitiu enfrentarmos da melhor forma possível a pior seca dos últimos tempos. As famílias do Semiárido ganharam na qualidade de vida, não tivemos morte, desnutrição, migração, que foram características da seca de 1980, de 2001.  E as famílias que têm a cisterna, têm uma autonomia muito maior, que manteve inclusive a unidade da família, pois evitou os pais de família saírem para frentes de trabalho. A meta do Brasil Sem Miséria de universalizar o acesso à água no semiárido fez com que o Água para Todos acelerasse o ritmo de entrega de cisternas na região. Em 2011, quando começou a seca, construímos 87.741 cisternas. Em 2012 foram 155.393 e em 2013 chegamos a 237.897 cisternas. E esse ritmo já começamos desde janeiro e esperamos concluir essa etapa até o final do ano.

E qual será a próxima etapa?
E a próxima etapa é a água para produzir, é o programa da Segunda Água, além claro que seguem as obras estruturantes como a transposição das águas do Rio São Francisco. Mas o Segunda Água já dá uma autonomia imediata com a construção de cisternas de 50 mil litros, tanque de pedra, barreiro, barragem subterrânea, o pequeno açude que, em chovendo, vai dar condição melhor até a próxima recarga. E esse programa nós já construímos em 2011, 2.967 instalações de tecnologia para a segunda água, em 2012 foram 9.273 e em 2013 saltamos para 18 mil. No RN tivemos 253 cisternas em 2011 e  832, em 2012. Há um crescimento importante em paralelo ao de água para consumo de água para produzir. E no programa Segunda Água nós temos contratado a instalação de 117 mil cisternas para os próximos anos e nós temos recursos em caixa, seja por meio do MDS, BNDES, Petrobras, Estados, Consórcios de Municípios. E temos 33 mil em construção. E isso nos dá uma perspectiva positiva de avanços, de soluções.

O senhor acredita que este é um programa que pode trazer uma solução mais duradoura, mais definitiva, ou teria um caráter ainda paliativo, enquanto as grandes obras estruturantes não saem?
Nós sabemos que não é uma ação isolada, não irá resolver sozinha o problema dos efeitos da estiagem. Mas é uma contribuição muito significativa para situações normais de seca e não prolongadas como esta. Todo ano tem seca, essa tecnologia que estamos instalando permite a convivência com esse tipo normal de seca, sem que necessite das obras estruturantes para ter acesso a água para o consumo, para produzir nesse ciclo regular de seca. Em situações anormais de seca, são necessárias as ações emergências e estruturantes. E a transposição do São Francisco é até mais importante para as áreas urbanas do que para as áreas rurais que estão distante dos canais, que não serão tão beneficiadas. E por isso esse tipo de tecnologia é fundamental porque você não vai conseguir levar as instalações de abastecimento de água de uma cidade para uma área rural nem com essas obras de infraestrutura. E a mudança é radical com essa tecnologia de cisternas porque a situação hoje é de focar sem água com a seca e estamos garantindo água para o consumo e para a produção. Isso é estrutural, é importante e complementa-se bem com essas obras de infraestrutura que darão esse suporte maior no tempo.


Fonte: Tribuna do norte (www.tribunadonorte.com.br). Acesse:  http://www.tribunadonorte.com.br/noticia/a-cisterna-no-semiarido-muda-a-rotina-da-familia/277329

segunda-feira, 24 de março de 2014

Assessor da AP1MC se reúne com representantes do SEAPAC



Momento da reunião com os Animadores (Foto: José Bezerra)

O Assessor da Associação Programa Um Milhão de Cisternas (AP1MC), Rafael Cipriano, realiza encontro com representantes da Equipe Estadual do SEAPAC e do Núcleo de Caicó, neste dia 24 de março, no Centro Pastoral Dom Wagner, em Caicó-RN. O objetivo é fazer o acompanhamento do programa de implementação de tecnologias sociais do P1+2 (cisternas, barreiros e barragens), desenvolvido com recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O encontro começou com uma explanação de Damião Santos, da Coordenação Estadual do SEAPAC, mostrando a metodologia de trabalho, de forma aberta e transparente, e a relação com as famílias beneficiadas pelos programas e projetos.

Rafael, da AP1MC (Foto: José Bezerra)
Rafael iniciou o contato com o grupo querendo conhecer a realidade. “Queremos conversar sobre as dificuldades, o andamento do projeto e as relações com as comissões municipais”, disse. Em seguida conversou com os Animadores e com os representantes da Coordenação. O Assessor também pediu informações sobe o SEAPAC, para conhecer um pouco a Instituição e o trabalho que realiza. Um breve histórico foi repassado por Damião Santos. “Trabalhamos em todas as Regiões do Rio Grande do Norte. Em 2013, nós trabalhamos em 57 municípios do Estado”, informou Damião.

quarta-feira, 19 de março de 2014

Família ganha barragem subterrânea


Escavação da vala
O SEAPAC, núcleo de Caicó, implementou a construção de Barragem Subterrânea, através do Programa Uma Terra e Duas Águas (P1+2), da Articulação Semiárido Brasileiro, com patrocínio da Petrobrás, na comunidade Patocoro, município de Tenente Laurentino Cruz, sertão do Seridó, no Rio Grande do Norte. A Barragem irá beneficiar a família de Maria de Lourdes dos Santos, permitindo que ela, através do acúmulo de água no subsolo, possa produzir alimentos para sua soberania e segurança alimentar e para criação de pequenos animais.

Colocação do impermeabilizador e aterramento