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sábado, 30 de agosto de 2014

Discussão sobre Plebiscito Popular pela Constituinte é realizada no Seridó

Durante este sábado, (30), os representantes das paróquias dos municípios de Caicó, Jucurutu, São José do Seridó, Cruzeta, Jardim de Piranhas, São Fernando, Serra Negra, Timbaúba dos Batistas, São João do Sabugi e Ipueira se reuniram no Centro Pastoral Dom Wagner, em Caicó, para discutir e estudar o manual de votação do plebiscito, tirando dúvidas e preparando o processo para suas cidades.
Para iniciar as orientações para o plebiscito nas paróquias, a Comissão Diocesana dos Serviços e Pastorais Sociais, com organização do Serviço de Apoio aos Projetos Alternativos Comunitários (SEAPAC) e a Cáritas Diocesana, começou o debate sobre a temática, a partir da 8h, fazendo a apresentação de vídeos com o tema e dando espaço para que os participantes pudessem expressar seus conhecimentos a respeito do assunto.
A representante da Cáritas, em Caicó, Francisca Fabiana da Silva, afirmou que esse é um momento importante dentro da sociedade, onde todos terão o direito de lutar por seus direitos. “Nós estamos nos empenhando pela realização do Plebiscito Popular pela Constituinte do sistema político, para que possamos repensar a forma de fazer política nesse país. Estaremos todos empenhados nesse processo, coletando votos da população para um país melhor e que só começa quando a gente puder fazer política no seu verdadeiro sentido”, disse Fabiana.
Na semana que antecede o dia da Independência do Brasil será realizada, nos municípios de todo o país, a coleta de votos para o Plebiscito Popular para uma reforma política, que conte com a ajuda e opinião do povo e em busca do bem comum.
No total, são 367 entidades que estão envolvidas no processo, entre sindicatos, pastorais, associações, partidos políticos e movimentos sociais, que estão na luta para que essa proposta seja aceita pelas autoridades. No Rio Grande do Norte deverão ser colhidos, no mínimo, 114 mil votos e, na região do Seridó, é esperada a demanda de 10 mil votos.

Além da reunião em Caicó, os municípios de Currais Novos e Parelhas também realizaram o evento para essa discussão.

sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Diocese de Caicó e instituições fazem mobilização para realizar o plebiscito

A Diocese de Caicó, região Seridó, do Rio Grande do Norte, em parceria com o Serviço de Apoio aos Projetos Alternativos Comunitários (SEAPAC) e a Cáritas Diocesana, mobiliza as paróquias para a realização do Plebiscito pela Constituinte Exclusiva e Soberana sobre o Sistema Político. Neste sábado, 30 de agosto, serão realizados três encontros para estudos sobre o tema do Plebiscito, das 8 às 11 horas, nas seguintes cidades: Em Caicó, no Centro Pastoral Dom Wagner; em Parelhas, no Centro Paroquial; e em Currais Novos, no Centro Integrado de Ação Comunitária (CIAC).

Deverão participar duas pessoas por cada paróquia. Em Caicó, estarão representantes de dez municípios; Em Parelhas, seis municípios; e, em Currais Novos, sete municípios. Além de estudar o tema, os participantes do encontro também receberão orientações sobre como realizar o plebiscito em cada paróquia. “Nós temos como meta colher 10 mil assinaturas na Região do Seridó, no período do plebiscito”, informou José Carlos Martins, representante do SEAPAC na Comissão Diocesana encarregada de realizar a atividade. Além de José Carlos, o Seapac também está representado por Diana Mariz na organização do plebiscito.

Famílias de Angicos se capacitam para ter acesso às tecnologias sociais

Um dos grupos de famílias, com o instrutor (Foto: José Bezerra)
Nesta semana, o SEAPAC realizou a primeira capacitação das 101 famílias, de 31 comunidades do município de Angicos, na região do sertão central do Rio Grande do Norte, que vão conquistar as tecnologias sociais da segunda água (P1+2). A primeira capacitação é sobre a Gestão de Água para a Produção de Alimentos (GAPA). Além da capacitação, as famílias também definem o caráter produtivo (criação de aves ou de pequenos animais, como ovelhas, cabras ou porcos). A capacitação é dada por agrônomos que já têm experiência de convivência com o Semiárido. As famílias são organizadas em três grupos, ficando cada um com um dos instrutores.
Nessa primeira capacitação, as famílias tomam conhecimento sobre a origem dos recursos, as instituições envolvidas no trabalho (ASA Brasil e SEAPAC), quais as tecnologias sociais de captação e armazenamento de água (cisternas-calçadão e de enxurrada, barreiros trincheira e barragem subterrânea), e, principalmente, como utilizar melhor a água captada para a produção de alimentos, no período de estiagem. Aprendem, também, como produzir os alimentos usando somente adubos orgânicos.
Na próxima semana, a partir da quinta-feira, 4 de setembro, estas mesmas famílias terão a segunda capacitação. Será sobre o Sistema Simplificado de Manejo de Água (SISMA). Um dos dias dessa capacitação será feita no campo, na comunidade de uma das famílias que vão ter acesso às tecnologias sociais, com ações práticas sobre a construção do canteiro para a produção de hortaliças; a construção do galinheiro; as técnicas de compostagem e de biofertilizante; e os cuidados com as aves e os animais. A última etapa da capacitação é uma visita de intercâmbio, que será agendada pelo SEAPAC. A visita será feita a famílias que já receberam a segunda água e já produzem alimentos. É a oportunidade de fazer a troca de experiência e de ver como outras famílias que já têm a segunda água estão aproveitando essa água e o que elas plantam no quintal produtivo.

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Animadores de campo realizam trabalhos do contrato de monitoramento da Petrobrás


Josefa Maria, seu esposo e o animador Canindé
Os animadores de campo do Serviço de Apoio aos Projetos Alternativos Comunitário (SEAPAC) já começaram os trabalhos do Contrato de Monitoramento da Petrobrás, junto com as famílias que conquistaram as tecnologias do Programa Uma Terra e Duas águas (P1+2).
As comunidades dos municípios de Lagoa Nova e Cerro Corá já estão recebendo a visita da equipe do SEAPAC para responder um questionário avaliativo a respeito da construção de cisternas na região. Além disso, também é acompanhado o desenvolvimento do caráter produtivo recebido e são colhidas informações sobre as implementações que apresentam problemas no funcionamento, para que seja corrigido pelo cisterneiro responsável pela obra.
Para Josefa Maria da Silva Fernandes, moradora da comunidade Baixa Verde, município de Cerro Corá, essa iniciativa ajuda na melhoria do desenvolvimento do projeto com as famílias beneficiadas. “Minha cisterna de enxurrada está cheia e tudo deu certo. Estou plantando minha horta e cuidando da minha criação graças ao projeto. Essas visitas vão servir para ver como estamos nos saindo e servem até de incentivo para continuarmos”, afirmou Josefa.
Isabel de Lizandra mostrando plantio ao animador Canindé
A família de Isabel de Lizandra Lima, também residente da Baixa Verde, foi visitada nesta quarta-feira (27) e, para ela, a cisterna serviu como incentivo para produção de hortaliças que vêm sendo vendidas para uma escola da região. O cultivo de maracujá, mamão e banana também ajudam na renda familiar, e a criação de galinhas auxilia na produção de bolos e biscoitos que são vendidos na comunidade. “Acho muito bom que venham ver o que estou produzindo, graças à cisterna e posso dar minha opinião para que outras famílias vejam o quanto o projeto nos ajuda”, disse Isabel.

No total, são mais de 500 famílias a serem visitadas e, após a finalização do monitoramento, será realizado um encontro para que os agricultores possam trocar experiências sobre os cultivos adotados, a criação de animais e as melhorias trazidas a partir da implantação das cisternas.

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Encontro estadual da Pastoral da Pessoa Idosa reunirá 600 pessoas

José Carlos, Coord. Estadual(Foto: José Bezerra
A Pastoral da Pessoa Idosa realizará o primeiro Encontro Estadual, dia 14 de setembro de 2014, das 8 às 15h40, no Ginásio de Esportes Mons. Tércio, em Caicó-RN, com o tema “Pastoral da Pessoa Idosa – 10 anos de Missão e Discipulado a Serviço da Vida e da Esperança no Rio Grande do Norte”. O evento, organizado pela Pastoral e pela Diocese de Caicó, através do coordenador, José Carlos Martins, reunirá 600 pessoas, sendo 300 líderes de Caicó, 250 da Diocese de Mossoró e 50 da Arquidiocese de Natal.
Além da abordagem do tema, os participantes também farão homenagens aos ex-coordenadores diocesanos das três dioceses potiguares. Pela Arquidiocese de Natal, Marilene da Silva Gomes (2005 a 2009) e Irmã Naim Bezerra Guedes, FDC, (2009-2012). Pela Diocese de Mossoró, Maria Goretti da Costa Fonseca (2006-2008) e Maria Augusta Macedo (2009-2012). Pela Diocese de Caicó, Irmã Antônia Martins de Paiva, Josefina (2007-2009) e José Carlos Martins da Silva (2009-2014). Atualmente, os atuais coordenadores diocesanos são: Maria Nanci do Carmo Silva, da Arquidiocese de Natal; Izaura Estevão Macedo de Lima, da Diocese de Mossoró; e Maria Edna Dantas dos Santos, da Diocese de Caicó. O atual coordenador estadual da Pastoral da Pessoa Idosa é José Carlos Martins da Silva, da Diocese de Caicó.
Também serão homenageados os três bispos da Província Eclesiástica: Dom Jaime Vieira da Rocha, Arcebispo Metropolitano de Natal; Dom Antônio Carlos Cruz Santos, de Caicó; Dom Mariano Manzana, de Mossoró.

Agricultores e agricultoras da comunidade Monteiro se reúnem em feira agroecológica


"Quem disse que não temos nada para oferecer?"
CEPFS
Cacimbas-PB
26/08/2014
O destaque da feira foi a comercialização de hortaliças | Foto: CEPFS
A Central das Associações Comunitárias do Município de Cacimbas e Região (CAMEC), em parceria com a Ação Social Diocesana de Patos (ASDP), o Centro de Educação Popular e Formação Social (CEPFS) e a Cáritas, realizou, no último domingo (24), na comunidade Monteiro, no município de Cacimbas, na Paraíba, a “Feira Agroecológica Solidária, Semeando e Colhendo Vidas no Semiárido”, com o lema: Quem disse que não temos nada para oferecer?
Participaram do evento agricultores e agricultoras dos municípios de Tavares, Juru, Imaculada, Maturéia, Teixeira, Desterro e Cacimbas, representantes de organizações sociais e do governo municipal de Cacimbas.

Agricultores e agricultoras levaram para a feira uma diversidade de produtos agroecológicos. Dentre as opções, tinha legumes, verduras, frutas, hortaliças e sementes. Entre os alimentos mais produzidos destacam-se as hortaliças.

A produção agroecológica tem garantido segurança alimentar e renda para as famílias que, a partir do acesso à água, através de reservatórios de captação e armazenamento de água para a produção de alimentos, a exemplo das cisternas de enxurrada e cisternas-calçadão, passaram a produzir o seu próprio alimento e a vender o excedente.

Com a comercialização dos produtos, além da geração de renda, agricultores e agricultoras também estão ofertando a outras pessoas a oportunidade de consumirem alimentos saudáveis, sem agrotóxicos.
Na feira, os participantes também tiveram a oportunidade de comprar mudas de plantas, produtos artesanais e uma variedade de doces e bolos. A agricultora Maria Alves, da comunidade Fava de Cheiro, Teixeira, falou sobre a importância do evento: “foi um espaço muito importante para divulgação dos nossos produtos e também um momento de divertimento e de troca de conhecimento com outros agricultores e agricultoras”.
Durante a feira, também houve o lançamento do vídeo documentário do projeto “Sertão Ecológico e Solidário”, realizado pelo CEPFS, apresentação de peças de teatro sobre agroecologia feita por alunos da Escola João Heleno de Maria, realização de um bingo e muito forró.

O trabalho das organizações sociais, aliado à execução de projetos e programas como o Programa Uma Terra e Duas Águas (P1+2), da Articulação do Semiárido (ASA), têm sido grandes colaboradores com o desenvolvimento das iniciativas dos agricultores e agricultoras. Através do P1+2, muitas famílias tiveram acesso às tecnologias sociais de captação e armazenamento de água para a produção de alimentos.

Anchieta de Assis, representante da Coordenação Executiva da Articulação do Semiárido Paraibano, fez sua avaliação sobre o evento: “na feira, tivemos a oportunidade da perceber a riqueza e a diversidade que agricultores e agricultoras vêm cultivando no semiárido. Diversidade de verduras, sementes, queijos, doces. A partir desta amostra poderemos pensar se é possível em alguns municípios, o excedente de produção viabilizar feiras semanais ou quinzenais de produtos agroecológicos da agricultura familiar. foi uma iniciativa válida”.

A feira agroecológica foi um espaço para dar visibilidade as iniciativas de agricultores e agricultoras que constroem um sertão agroecológico.  E quem pensou que os agricultores e as agricultoras não tinha nada para oferecer saiu de lá encantado.

Encontro Estadual de Agricultoras Experimentadoras: Celebrando conquistas na trajetória da ASA


Juliana Lima, comunicadora popular da ASA
Afogados da Ingazeira - PE
26/08/2014
Acontece nos dias 28 e 29 de agosto o I Encontro Estadual de Agricultoras Experimentadoras: Celebrando Conquistas na Trajetória da ASA, promovido pela Articulação Semiárido Pernambuco (ASA-PE), em Afogados da Ingazeira. O evento é preparatório para o I Encontro Nacional previsto para setembro no estado da Paraíba e tem como objetivo contribuir para a discussão e afirmação das experiências desenvolvidas pelas mulheres nos 15 anos de existência da ASA.
“Este encontro é fundamental para o fortalecimento do debate de gênero dentro da ASA Pernambuco, que celebra 15 anos, sabendo da importância das mulheres na produção, no manejo das águas e na conservação das sementes; por isso, é extremamente necessário fortalecer a participação das mulheres nos processos desenvolvidos pela ASA”, afirma Neilda Pereira, Coordenadora Executiva da ASA-PE.
Ainda segundo Neilda, “as tecnologias de acesso à água para beber e produzir conquistadas pelas famílias agricultoras vão muito além da democratização do acesso ao recurso; são capazes de formar cidadãos e cidadãs e impactam diretamente na vida das mulheres do campo”.

O encontro começa na quinta (28), a partir das 08h30, na Pousada de Brotas. Na programação, mística de abertura, apresentação dos objetivos, programação, acordos de convivência, Carrossel de Experiências de Mulheres Agricultoras em PE, roda de diálogo sobre as experiências apresentadas, trabalho em grupo, apresentação de vídeo temático sobre o papel da mulher na valorização e na construção de conhecimento para convivência com o Semiárido, e Feira de Trocas de Saberes e Conhecimentos.
Na sexta (29), tem mística de abertura com resgate da organização das mulheres em PE – homenagem a Vanete Almeida, Grupos de trabalho: Qual o papel das agricultoras experimentadoras na produção e gestão do conhecimento, programação do encontro nacional, avaliação e mística de encerramento.

Serviço
Encontro Estadual de Agricultoras Experimentadoras
Local: Pousada de Brotas, Afogados da Ingazeira - PE

Data: 28 e 29 de agosto 2014
Horário: 08h30

terça-feira, 26 de agosto de 2014

ASA discute Programa sobre Desertificação com Secretário de Recursos Hídricos

Audiência da ASA com o Sec. da SEMARH (Foto: José Bezerra)
A ASA Potiguar, representada pelo Agrônomo José Procópio de Lucena, da coordenação estadual e Serviço de Apoio aos Projetos Alternativos Comunitários (SEAPAC), e outras cinco instituições da Rede ASA do Rio Grande do Norte tiveram audiência com o Secretário de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (SEMARH), Luciano Cavalcanti Xavier, neste dia 26, às 10 horas, na sede da Secretaria. Estavam presentes instituições da Rede ASA – SEAPAC, Associação de Apoio às Comunidades do Campo (AACC), Centro de Estudos e Assessoria Aplicados ao Desenvolvimento (CEAAD) e a Cooperativa do Trabalho Multidisciplinar Potiguar (TECHNE), além Laélia de Melo, pelo Governo do Estado, e Sérgio Ricardo, da SEMARH. Em pauta, assuntos relacionados com o Programa Estadual de Prevenção e Combate à Desertificação e Mitigação aos Efeitos da Seca.
Inicialmente, o Agrônomo José Procópio fez uma breve exposição sobre o que é, como surgiu, concepção política, área de atuação e o trabalho da ASA Potiguar. Ele elencou pontos como a biodiversidade, mudanças climáticas, agroecologia, desertificação, entre outros. Um dos pontos apresentados foi a luta da ASA por políticas públicas para a convivência com o Semiárido, incluindo os Programas Um Milhão de Cisternas (P1MC) e Uma Terra e Duas Águas (P1+2), que proporcionam às famílias do campo as tecnologias sociais de captação e armazenamento de água para beber e para a produzir alimentos (cisternas, barreiros trincheira, barragem subterrânea e outras). “Não é só levar às famílias a tecnologia social. É dada toda uma formação política, técnica e metodológica do uso das tecnologias e da água que elas proporcionam”, realçou José Procópio.
O principal ponto da pauta, o Programa Estadual de Prevenção e Combate à Desertificação e Mitigação aos Efeitos da Seca, já existe, mas falta ser implementado. “Inclusive, nós, da ASA, estivemos na construção do Plano”, relatou Procópio. Os representantes das instituições presentes solicitaram do Secretário o compromisso de implementar o Programa, que está parado. “O Rio Grande do Norte é o que está mais atrasado na implementação do Programa. E o governo precisa agir para deixar um legado do Estado. E o senhor, Secretário, tem o perfil para deixar esse legado para o Estado; o senhor pode fazer isso”, afirmou José Procópio. Segundo José Procópio, existe a proposta de um Projeto de Lei, na Assembleia Legislativa, definindo uma Política Pública do Estado sobre a Desertificação, mas está parado.
O Secretário Luciano Cavalcanti atendeu ao pedido e disse que dentro de oito dias dará uma resposta às instituições sobre os encaminhamentos por parte do Governo do Estado. “Eu vou dar a minha contribuição, porque entendo que essa questão da desertificação está avançando na velocidade geométrica e nós estamos andando velocidade aritmética”, disse o Secretário. Ele acrescentou que vai conversar com o setor da Secretaria encarregada desse trabalho e, se for necessário, entrará em contato com o Deputado Fernando Mineiro, autor do Projeto, para tomar pé da situação e fazer os encaminhamentos que forem necessários.

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Técnicos da Seara visitam Associações Rurais de nove municípios

Associações Rurais de nove municípios potiguares estão recebendo, até a próxima sexta–feira (29), técnicos da Secretaria de Estado de Assuntos Fundiários e Apoio à Reforma Agrária (Seara), que estão realizando trabalhos que se referem ao Programa Nacional de Crédito Fundiário (PNCF).
Nos municípios de Currais Novos, Ipanguaçu, Assú, Triunfo Potiguar e Touros estão sendo realizadas divulgação e mobilização do PNCF, com o objetivo de repassar orientações sobre os procedimentos operacionais das propostas de financiamento dos projetos do Crédito Fundiário. Em Lagoa Nova, São Tomé, São Vicente e Lajes Pintadas estão sendo realizados controle e monitoramento do Programa, com o objetivo também de orientar acerca dos procedimentos operacionais.
Fonte: blog de Marcos Dantas

Comitê do rio Apodi-Mossoró discutirá Transposição do rio São Francisco

Comitê da Bacia Hidrográfica (CBH) do rio Apodi-Mossoró, vai se reunir, amanhã (26), às 9 horas, no auditório do Instituto Federal de Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte – IFRN, do município de Apodi.
Na pauta da 7ª Reunião ordinária do colegiado consta a Apresentação dos Projetos de Saneamento dos municípios que ficam às margens do rio, com foco em Areia Branca e a Apresentação do Projeto de Integração do rio São Francisco com Bacias hidrográficas do Nordeste Setentrional (PISF).
Fonte: blog do Marcos Dantas

Encontro reúne signatários do Marco Regulatório da Sociedade Civil

O coordenador estadual do SEAPAC e Assessor Jurídico da Arquidiocese de Natal, Diác. Francisco Teixeira, viaja hoje, dia 25, a Brasília, para participar do terceiro Encontro dos Signatários da Plataforma da Sociedade Civil de diversos estados brasileiros, nos dias 26 e 27 deste mês. O objetivo do encontro é traçar estratégias de acompanhamento e elaboração das normas regulamentares do novo Margo Regulatório das Organizações da Sociedade Civil, criado pela lei nº 13.019, sancionada no dia 31 de julho deste ano, pela presidente Dilma Rousseff.
O encontro faz parte de um conjunto de eventos realizados pelas entidades para compreender melhor a demanda da nova Lei e refletir sobre os próximos passos. "A grande questão, agora, é acompanhar a nova Lei e ver como ela se aplica em diferentes contextos. É preciso fazer formações, divulgar e mobilizar as pessoas, criando, realmente, uma massa crítica, uma base social, para cuidar e acompanhar a implementação", afirma o Diác. Teixeira.

Com luta e resistência famílias acampadas na Barragem Oiticica reconquistam direitos

José Bezerra - comunicador popular da ASA
Jurucutu | RN
20/08/2014
Caminhada de denúncia seguiu até o local da Barragem de Oiticica | Foto: José Bezerra
A construção da Barragem de Oiticica localizada na Bacia Hidrográfica do Rio Piranhas, entre os municípios de Jucurutu, São Fernando e Jardim Piranhas, todos no território do potiguar é uma reivindicação antiga da população dessa região. A execução da obra física da barragem está sendo realizada pelo Consórcio EIT/ENCALSO, sob a supervisão da KL Serviços de Engenharia S/A. É uma obra do Governo Federal, via Ministério da Integração Nacional, Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS) que, através de um acordo técnico, repassou a responsabilidade de construção para o Governo do Rio Grande do Norte, por meio da Secretaria de Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh). 
A construção da obra teve início em 2013, porém não foram garantidos os direitos das famílias atingidas pelo projeto. A primeira ocupação do canteiro de obras aconteceu em janeiro de 2014. Dessa ocupação resultaram compromissos que não foram cumpridos. Em maio de 2014 deu-se o segundo momento de ocupação.
Após aproximadamente 70 dias de luta e resistência o Movimento dos Atingidos e Atingidas pela Construção da Barragem Oiticica, no distrito rural Barra de Santana, município de Jucurutu, na região do Seridó Potiguar, reconquistou vários direitos que estavam sendo negados pelo poder público e pelas empresas responsáveis pela obra. Famílias inteiras de agricultores e agricultoras que residiam na área a ser inundada, cerca de 6.000 hectares, montaram o “Barracão de Luta e Resistência” em frente ao canteiro de obras por mais de 70 dias e impediram a continuidade dos trabalhos de construção da barragem.
Esta foi a segunda e a mais longa paralisação das obras. A garantia dos direitos foi conquistada mediante negociações envolvendo representantes do Movimento e dos governos federal e estadual, em Brasília, nos dias 22 e 23 de julho, e deliberadas e aprovadas em plenária, no Acampamento, no dia 25 de julho. Embora “desconfiados” quanto ao cumprimento do que foi acordado, os acampados e acampadas decidiram suspender o acampamento, mas permanecem acompanhando e monitorando a execução de tudo que foi pactuado. 
Para Janúncio Bezerra de Medeiros, morador de Barra de Santana há 15 anos, antes das pessoas se organizarem para ocupar e paralisar as obras não havia garantia de nada. “Antes, eles só pensavam em fazer a barragem. Parecia até que a gente não existia. Então, a gente se reuniu, deu o nosso grito de guerra e dissemos: aqui, não; aqui, vale é a palavra do povo!”, afirmou.
Maria Aparecida de Moura mora na comunidade há 27 anos. Para ela, o Movimento conseguiu desmascarar as mentiras que havia nas promessas. “Antes, a gente não sabia nem onde ia morar. Agora, a gente conquistou o Alto dos Paióis [lugar onde será construída a nova Barra de Santana]; quem mora de aluguel vai conquistar uma casa, e eu, que moro de aluguel, vou lutar por minha casa. Tem ainda a questão do cemitério. Hoje, não temos mais onde enterrar os nossos falecidos; temos que levar pra Jucurutu ou outra cidade. Mas, segundo disseram, vão fazer o projeto do novo cemitério”, concluiu. O antigo cemitério da cidade também está na área que será inundada. 
O sentimento final de todos e todas é que agora as coisas estão mais claras, embora muitas ainda estejam no papel. Há uma posição, aprovada na plenária que deliberou sobre o fim da paralisação, que é ficar monitorando os prazos, com reuniões periódicas. A disposição é de continuidade da luta, através de reuniões, e nova mobilização, caso haja descumprimento do que foi acordado.
As famílias tiveram conquistas após muitos momentos de mobilizações | Foto: José Bezerra
Para Maria Lúcia Sobrinho, residente em Barra de Santana desde 1995, foram muitas as conquistas. Ela relaciona o aumento dos recursos para a construção da nova Barra de Santana como uma das principais. “Também temos a garantia de não fechar o maciço central da barragem antes de assentar todos os moradores; temos a conquista do Alto dos Paióis e o início da construção das casas até novembro desse ano. Agora, estamos esperando que isso realmente saia do papel. Sem o Movimento, eles estariam trabalhando na construção da parede da barragem. A gente só conseguiu essas coisas com o Movimento”, assegurou.
Os agricultores e agricultoras que ocuparam a Barragem conquistaram a garantia do pagamento das indenizações, até 20 de dezembro, o reassentamento rural para os sem-terra, com a implantação de três agrovilas nos municípios de Jucurutu, São Fernando e Jardim de Piranhas, implantação de um programa habitacional para 50 famílias moradores da atual Barra de Santana que não possuem casa própria (moram de aluguel). No termo de compromisso firmado, ficou acordado que o fechamento do maciço central da Barragem de Oiticica, no trecho da calha principal do rio, só ocorrerá quando todas as ações de indenizações e reassentamentos estiverem finalizadas.
Marlon Bezerra de Queiroz morra em Barra de Santana há 20 anos. Ele vive do comércio varejista de alimentos, produtos de limpeza e de uso geral. Para ele, o Movimento trouxe garantias: “o pagamento das indenizações, com dinheiro assegurado, coisa que não tinha, antes; e agora temos prazos para o início das obras da nova Barra de Santana, com cinco padrões de casas, que vão de 50 metros a mais de 125 metros de área construída; tivemos a conquista das agrovilas. Se não tivesse havido esse protesto, nada disso estaria acontecendo”, disse.
Sandro Fernandes de Azevedo, hoje com 27 anos, mora em Barra de Santana desde pequeno. Para ele, o Movimento foi importante em todos os sentidos. “Conquistamos o Alto dos Paióis, que talvez fosse para os ‘grandes’, enquanto a gente talvez fosse jogado para outros lugares, distantes da barragem”. Sandro também destacou o pagamento das indenizações e diz que gostou muito dos projetos das casas da Nova Barra de Santana. “Também conquistamos três agrovilas: em Jucurutu, em Jardim de Piranhas e em São Fernando”, destacou.
Verônica Luiz da Silva destaca a importância do Movimento pelos compromissos que foram firmados. “O que nós queríamos, conseguimos: assinar um documento para cumprir o prometido. Só não sei se eles vão cumprir”, ponderou.
Zilma Maria de Azevedo mora em Barra de Santana há 40 anos e destaca a importância do movimento para as conquistas. “Tanto nós, da comunidade, como os proprietários, ganhamos com o Movimento. Se não fosse o Movimento, nós estávamos perdidos”, assegurou.

Matéria publicada no site: www.asabrasil.org.br

domingo, 24 de agosto de 2014

Entidades da ASA Potiguar terão encontro com Secretário Estadual

Representantes das entidades da Rede Asa Potiguar integrantes do Grupo de Trabalho Biodiversidade, antes denominado GT Desertificação, terão reunião com o Secretário de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (SEMARH), Luciano Cavalcanti Xavier, no próximo dia 26, às 10 horas, na sede da Secretaria. Na ocasião, serão discutidos assuntos relativos à Política Estadual de Combate e Prevenção à Desertificação.

A decisão de mudar o nome do GT de Desertificação para GT Biodiversidade ocorreu no encontro do grupo, dia 19 de agosto, realizado em Caicó. Na mesma ocasião, o grupo decidiu pedir uma audiência com o titular da SEMARH, Luciano Xavier, para discutir com ele a Política Pública Estadual de Combate e Prevenção à Desertificação.

sábado, 23 de agosto de 2014

Agroecologia foi ponto de debate no intercâmbio entre Rio Grande do Norte e Paraíba



Agricultores do Seridó
Nos dias 21 e 22 de agosto, os agricultores de São João do Sabugi, São Vicente e Caicó participaram do Intercâmbio Interestadual do Programa Uma Terra e Duas Águas, realizado pelo Serviço de Apoio aos Projetos Alternativos Comunitários (SEAPAC), com o apoio do Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES). O objetivo foi incentivar as práticas para geração de renda e melhoria na qualidade de vida das famílias que conquistaram as cisternas e barreiros trincheira.
O dia já estava claro quando os agricultores saíram para dar início a viagem que duraria quatro horas e meia até o destino final, Solânea, localizada na região do Brejo, na Paraíba. Todos estavam ansiosos para a chegada e, com conversas animadas, seguiram compartilhando diversas histórias com os colegas.
O cenário foi mudando a cada quilômetro, o frio tomou conta da serra e das cidades que antecediam o destino principal, até que avistaram o primeiro sinal da cidade paraibana. Os agricultores foram recebidos com chuva, e os sorrisos se espalharam pelo ônibus quando foi avisado que a primeira parada seria para o almoço.
Depois de saciados, as visitas começaram na sede do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Solânea, para uma breve explicação sobre os projetos realizados nas comunidades. O presidente do Sindicato, Josenildo Costa, a secretária, Maria do Céu, e o representante da Comissão de Recursos Hídricos, Antônio José, fizeram uma explanação do funcionamento das ações no local, além de manter todos informados sobre as divisões da cidade em Brejo da Fruta, Brejo do Roçado e Agreste, cada uma com suas particularidades no clima e na vegetação.
A luta pela agroecologia é marca registrada na região. Os programas para o desenvolvimento da prática são incentivados pelas comissões que fazem parte do Pólo de Sindicatos da Região da Borborema, totalizando 15 sindicatos divididos pelas cidades da região.

As primeiras experiências

Após a conversa no sindicato, chegou o momento de conhecer, na prática, como aconteciam as ações. Todos se dirigiram para a comunidade Salgado de Souza, localizada em Brejo do Roçado, também conhecido por Curimataú, e que chama atenção pela diferença climática. Apesar de ficar a pouco mais de 20km de Brejo da Fruta, apresenta as características do semiárido seco.
Seu Luiz explicando sobre o reflorestamento
Guiados por Edvanildo Pereira, que trabalha no apoio aos projetos desenvolvidos pelo sindicato, os agricultores seguiram na estrada de terra até chegar na casa do senhor Luiz Souza e da esposa, Eliete Pereira. Seu Luiz é conhecido pela prática do reflorestamento em sua propriedade e contou aos colegas visitantes que, quando chegou nas terras onde mora, o solo era enfraquecido pela devastação e plantio excessivo de grãos, além da criação de gado, que prejudica a terra com o pisoteio.
Sabendo disso, depois de passar por algumas atividades de aprendizagem com manejo da terra, seu Luiz e dona Eliete se conscientizaram e decidiram colocar em prática o reflorestamento com plantas locais, trazendo a fertilidade de volta para a terra.
Palma, juazeiro, agave, umburana, angico, barriguda, sabiá, leucena e sorgo são algumas das plantas que foram utilizadas para a prática do reflorestamento, dando destaque para a gliricídia que é utilizada para cercas vivas, junto com o mandacaru, e atua na melhoria da qualidade do solo.
Seu Luiz também faz o plantio da roça, cria animais, mantém o cultivo de uma horta com diversas espécies de plantas medicinais e frutíferas. Ele ainda cuida do processo de estocagem de forragens, fazendo silagem do milho, palha de milho, folha da gliricídia, capim elefante, sorgo e maniçoba.

Dona Irene das plantas

A segunda visita do dia foi na casa de Irene Teófilo Barbosa, mais conhecida como Irene das plantas, na comunidade de Bom Sucesso, ainda na região do Curimataú. Dona Irene é conhecida pela diversidade de plantas ornamentais que produz na sua propriedade. Ela contou que o número de variedades se deve ao fato de trocar as espécies de plantas com as amigas. Irene e o marido, José Pedro Barbosa, vendem as plantas para complementar a renda da família, composta pelo casal, a mãe dela e mais dois filhos.
Dona Irene e seu marido José Pedro
No quintal de dona Irene também encontra-se variedades de pés de frutas. Carambola, caju, romã, manga, abacate, pinha, laranja, acerola, goiaba, pitanga, mamão e graviola são algumas que podemos encontrar, além das plantas medicinais que, em sua maioria, são plantadas ao redor da cisterna calçadão.
As agricultoras e agricultores potiguares logo se entusiasmaram, e fizeram compras de mudas para plantarem em suas casas, quando retornassem de viagem. Após as visitas, todos foram levados ao hotel para tomar banho, jantar e descansar para a programação do próximo dia.

Segundo dia

Depois do café da manhã reforçado, chegou a hora de seguir com as visitas. A primeira parada do dia foi na Feira de Agricultura Familiar, que é realizada toda sexta-feira, em uma parceria do sindicato e com os agricultores locais.
Os potiguares se alegraram com a iniciativa, garantindo logo o feijão verde e os legumes do almoço no dia seguinte, em casa, com suas famílias. A diversidade era grande. Banana, acerola, coentro, espinafre, brócolis, alface, macaxeira e inhame eram alguns dos produtos oferecidos pelos agricultores locais.
Quando terminaram suas compras, os agricultores se dirigiram às últimas visitas que, dessa vez, seriam realizadas em Brejo da Fruta.

Penha e dona Benta

Descendo a Ladeira do Sabiá, passando pela Chã de Santa Tereza, o próximo destino seria o Sítio Videl para conhecer outra Maria da Penha. A paisagem chamava a atenção dos potiguares. As serras apresentavam uma vegetação verde e enchia os olhos dos visitantes com a beleza local.
Maria da Penha explicando o manejo das mudas
Lá, os agricultores foram recebidos com muita alegria por Penha e sua mãe, dona Benta, que falaram sobre a dificuldade do cultivo na região. Apesar de apresentar mais umidade, a terra não era fértil devido o desmatamento na região e foi necessário o reflorestamento e o cuidado com o solo para que voltassem a cultivar.
Hoje, a plantação foi melhorada, a família garante a produção de várias espécies de frutas, hortaliças, leguminosas e raízes. Dona Benta, emocionada, diz que se sente feliz com tudo, e que a visita dos agricultores de outras regiões é uma forma de reconhecimento do trabalho feito pela família. “É muito bom saber que deu certo. Quando vem gente de outros lugares ver o que a gente fez, fico muito feliz em ver que eles estão gostando do nosso trabalho”, relatou.
Uma das experiências desenvolvidas na região também pode ser acompanhada na casa da família: o fogão agroecológico, que utiliza pequenos gravetos para o funcionamento, além da baixa emissão de fumaça no meio ambiente.
Ao fim da visita, um lanche foi oferecido, fruto da produção do roçado de Benta, Penha e seu pai, Severino. Bolo de cenoura, pão caseiro, biscoitos, suco de limão com capim santo, chá e café foram saboreados ao longo de conversas e risadas.

Viveiro Comunitário

A última parada foi no Viveiro Comunitário do Videl, junto com Penha, que também é representante do projeto, onde os participantes puderam conferir mais uma iniciativa que busca reafirmar o compromisso com o reflorestamento.
Várias mudas de plantas foram adotadas pelos agricultores do Seridó, que prometeram cuidar delas em seus quintais para, no futuro, colher os bons frutos da agroecologia.
Viveiro Comunitário
Ao término, todos voltaram à cidade para uma avaliação final. Eles se mostraram satisfeitos com a visita e tudo o que foi aprendido durante o intercâmbio.
Depois do almoço, a ansiedade para o retorno às suas casas era grande. Eles teriam muitas histórias para compartilhar com os familiares, além dos planos para as novas práticas agroecológicas, que agora seriam colocados em prática.

Para seu Inácio Loiola, de São João do Sabugi, as experiências rederam boas ideias que começariam a fazer parte do cultivo em sua terra. Ele voltou, o caminho inteiro, discutindo com os novos amigos, de Caicó e São Vicente, sobre as técnicas que iam melhorar o plantio e a criação de animais na região do Seridó. “São muitas ideias que podemos trazer para a prática. Não há terra ruim, a questão é só o manejo e as novas possibilidades de melhoria”, afirmou.

quarta-feira, 20 de agosto de 2014

ASA Potiguar avalia comunicação e metodologia de capacitação

Paulo Segundo, coordenação da ASA
Três momentos marcaram as atividades da Asa Potiguar, nos dias 19 e 20 deste mês, em Caicó. No dia 19, o Grupo de Trabalho Desertificação discutiu a organização e reestruturação do grupo. “Queremos que o grupo não fique só no debate da desertificação, mas da agrobiodiversidade, ampliando mais os temas, como mudanças climáticas, a própria desertificação, a biodiversidade e sementes”, relatou Paulo Segundo, da coordenação da ASA Potiguar. Segundo ele, também foram discutidas algumas ações, entre as quais realizar um diagnóstico no Rio Grande do Norte sobre questões como as sementes e os agricultores. O GT também decidiu procurar a Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (SEMARH), para iniciar uma discussão sobre o Plano Estadual de Combate à Desertificação. Outra decisão dos participantes do grupo foi mudar a denominação de GT Desertificação para Grupo Temático da Agrobiodiversidade. A próxima atividade será uma audiência com o Secretário da SEMARH, Luciano Cavalcanti Xavier, no dia 26 deste mês, às 10 horas, na sede da Secretaria, em Natal.
Os comunicadores populares da ASA também se reuniram na tarde do dia 19 e fizeram uma avaliação do trabalho, inclusive levantando pontos que necessitam ser melhorados e conversados com a coordenação estadual da ASA. Também viu a proposta de um Projeto de “Comunicação para a Mobilização Social – uma estratégia de fortalecimento da ASA”. No final da tarde e à noite, os comunicadores apresentaram o resultado do trabalho à coordenação estadual da ASA, para os encaminhamentos, e demandas do IX Encontro Nacional da ASA (IX ENCONASA), que será realizado em Mossoró, no próximo ano.
A atividade da manhã do dia 20 foi uma partilha das instituições que compõem a Rede ASA Potiguar, sobre a metodologia utilizada nas capacitações sobre “Gestão de Água para Produção de Alimentos (GAPA)” e o “Sistema Simplificado de Manejo de Água (SISMA)”. À tarde, em cinco grupos, os participantes apresentaram os pontos das capacitações GAPA  e SISMA que não devem ficar de fora. Cada grupo socializou o “rol” de pontos elencados e repassou para a coordenação da ASA, que fará a sistematização e partilhará com as instituições. A última atividade da tarde foi a apresentação da arte (logomarca) do IX ENCONASA, feita por Caio Xavier. A coordenação da ASA dará a palavra final na próxima reunião estadual, no dia 2 de setembro, em Mossoró. O propósito é apresentar a arte do IX ENCONASA no Encontro Nacional de Comunicação da ASA, que será realizado em Pernambuco, de 9 a 11 de setembro próximo.

A noite do carrasco!

O Agrônomo e Articulador do Seapac, José Procópio de Lucena, fez um artigo sobre a disputa por espaço de estudo, no cenário educacional de Caicó. Interessante leitura, para reflexão sobre os compromissos dos gestores públicos para com a educação caicoense.

Leia, na íntegra, o artigo, intitulado A Noite do Carrasco:

Vi o pessimismo da razão e o otimismo sem razão se digladiarem falsamente na audiência pública, realizada nesta terça-feira (19), na câmara municipal de Caicó. O descaso da gestão pública municipal e estadual, agindo como árbitros carrascos do futuro de crianças do ensino infantil e fundamental menor e de meninas e meninos do ensino universitário.
Vi a sombra e a morte, por que vi estudantes sem espaços para estudarem; vi, também, a esperança, porque vi estudantes lutarem para estudarem. Entendi que o tempo dos oradores estava marcado de cinismo, oportunismo e fantasias. Compreendi também o abandono da educação transportada na carroça das mentiras por todos os prefeitos que já administraram Caicó. Só não vi a indignação pelo confronto sem razão por um direito já conquistado e rasgado pelo poder dos sem compromisso com a educação.
Foi uma noite de dor, porque assisti uma arena instrumentalizada para confrontar crianças da escola municipal Paulino Barcelos com jovens da UERN pelo espaço físico da Escola Joaquim Apolinar. Os estudantes de lá e cá têm razão pelos direitos desrespeitados e provocados pelo descaso, omissão e negligência da prefeitura de Caicó e do governo do Ri Grande do Norte.
Espero que o silêncio e o sono desapareçam diante das injustiças e que o sol se levante, assim como as lutas para derrotar os traidores que alimentam as falsas disputas para encobrir suas perversidades contra o futuro das crianças e da juventude.
Um dia, não sei quando, espero que seja logo, o povo em marcha vai estremecer o solo amado de Caicó e compreender as lições do passado e do presente e não permitam mais uma noite onde crianças e jovens brigam entre si por um espaço físico para estudar.
Povo de Caicó. Indignemo-nos todos e todas. Já não podemos calar e o único jeito de fazer justiça é lutar até a vitória por uma educação púbica de qualidade para todos e todas, do ensino infantil ao universitário. Pois, só assim, eles, os poderosos, não poderão mais furar nossos olhos que olham e compreendem as lições e os processos históricos, políticos e culturais.  
Saudações Ecoossocialista
José Procópio de Lucena

segunda-feira, 18 de agosto de 2014

No RN, agricultores e agricultoras sonham com um Semiárido de oportunidades


Marta Vick - comunicadora popular da ASA
Mossoró | RN
14/08/2014
Capacitação de Gapa | Foto: Marta Vick
Com a simplicidade no sorriso e a esperança que renasce a cada dia, agricultores e agricultoras sonham com um Semiárido de oportunidades. Essa é a expectativa das famílias, ao participarem do processo de conquista das tecnologias de captação e armazenamento de água da chuva para produção de alimentos.
Foi nessa perspectiva, que a COOPERVIDA realizou entre os dia 30 de julho a 01 de Agosto, capacitações em Gestão de Água para Produção de Alimentos (GAPA) destinado as famílias dos municípios de Mossoró e Assú. As atividades foram realizadas, respectivamente, nas comunidades de Santa Rita de Cássia, Patativa do Assaré e Quixabeirinha, envolvendo agricultores e agricultoras que conquistaram tecnologias sociais do Programa Uma Terra e Duas Águas (P1+2), da Articulação Semiárido Brasileiro (ASA).
O encontro foi um momento de troca de conhecimentos entre as famílias agricultoras, visando melhorar a garantia de um sistema de produção apropriado, bem como, os cuidados com o quintal produtivo. Foi também um momento para que os\as representantes de cada família refletissem sobre estratégias de convivência com o semiárido e outras questões que envolvessem a agricultura familiar.
As famílias receberam orientações sobre o que seria a ASA, o P1+2 e as tecnologias sociais. Foram também abordados temas como: gerenciamento da água, associativismo, plantas medicinais, sementes, fauna e flora, solos, soberania alimentar, cultivo sem agrotóxico e discussões sobre convivência com o semiárido, durante esses três dias de atividades.
O curso GAPA evidenciou a importância da formação e da mobilização social durante a construção das cisternas. Através da capacitação as famílias tiveram a oportunidade de perceber, durante as discussões e dos trabalhos em grupo realizados, o papel fundamental de cada um enquanto sujeito da realidade.
Assim, essas capacitações reforçam a valorização da agricultura familiar e reafirmam a identidade do homem e da mulher do campo, através dos debates e reflexões. As famílias com isso compreenderam que com a junção de técnicas agroecológicas e uma gestão adequada da água para produção, não sentirão mais a necessidade de sair do campo em busca de melhores condições de vida, pois será possível viver bem no semiárido.

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

ASA Potiguar realizará encontros em Caicó

A Articulação Semiárido do Rio Grande do Norte (ASA Potiguar) realizará duas atividades em Caicó-RN, nos dias 19 e 20 de agosto. A primeira é um encontro do Grupo de Trabalho Desertificação (GT Desertificação), no dia 19. A segunda é uma Oficina Debate sobre Gestão de Água para Produção de Alimentos (GAPA) e Sistema Simplificado de Manejo de Água (SISMA), no dia 20, no Centro Pastoral Dom Wagner. As duas atividades foram definidas durante encontro da ASA Potiguar, realizado no dia 13 deste mês, no Centro de Capacitação e Estudos em Metodologia e Tecnologia de Desenvolvimento Sustentável da Agricultura Familiar (CEMTRAF), em São Paulo do Potengi-RN.
O objetivo da Oficina Debate é apresentar a metodologia de capacitação das famílias com acesso aos programas da primeira e segunda águas (P1MC e P1+2), provocar a troca de experiência nessas atividades entre as Unidades de Trabalho e definir possíveis linhas gerais comuns, entre as instituições da Rede ASA Potiguar. O encontro contará com a presença dos responsáveis pelas implementações dos programas das instituições da Rede ASA Potiguar e os comunicadores populares.
Aproveitando a oportunidade, haverá um encontro dos comunicadores populares das Unidades Gestoras com a coordenação da ASA Potiguar, no dia 19, às 17 horas, no Centro Pastoral Dom Wagner. O objetivo é discutir com a coordenação da ASA as atividades de comunicação, as comemorações dos 15 anos da ASA Potiguar e o IX Encontro Nacional da ASA Brasil (IX ENCONASA), que será realizado em Mossoró, em 2015.

Nota pública da ASA sobre o falecimento de Eduardo Campos

A Articulação Semiárido Brasileiro (ASA) lamenta a morte prematura do ex-governador de Pernambuco e candidato à Presidência da República, Eduardo Campos, e de seus companheiros de equipe, nesta quarta-feira, 13 de agosto de 2014. 
Em sua trajetória política, Eduardo Campos contribuiu para a convivência com o Semiárido e as famílias agricultoras da região, apoiando, entre outras ações, a construção de tecnologias sociais de armazenamento de água da chuva em Pernambuco, Estado em que foi governador por duas vezes. 
A ASA se solidariza com a família do ex-governador, de seus companheiros de equipe e com o povo de Pernambuco. 

Recife/PE, 13 de agosto de 2014 
Articulação Semiárido Brasileiro

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

SEAPAC realiza reunião com comissão municipal de Lagoa Nova para contrato com a SETHAS


Reunião realizada no município de Lagoa Nova
Finalizando a primeira etapa do ciclo de reuniões, que estão sendo realizadas com as comissões municipais, para dar início ao contrato com a Secretaria de Estado do Trabalho, da Habitação e da Assistência Social (SETHAS), o Serviço de Apoio aos Projetos Comunitários (SEAPAC) realizou, nesta quarta-feira (13), um encontro na cidade de Lagoa Nova. Na ocasião, discutiu com os participantes sobre a construções das 300 cisternas que estão programadas para região.
Foram pautadas questões que envolviam o mapa geográfico do município, de acordo com o IBGE, as comunidades que estão dentro desse limite e aptas para terem acesso ao projeto da primeira água.

Também ficou decidido que a comissão municipal continuará com os mesmos nomes escolhidos no dia do lançamento do contrato em Caicó, ocorrido em 6 de agosto, mas que também serão adicionadas outras pessoas para ajudarem no trabalho de campo. Esse trabalho será realizado pelo SEAPAC, nos próximos dias, para o cadastramento das famílias que se encaixam no perfil e critérios determinado a partir do contrato 013/2014, com a SETHAS.

terça-feira, 12 de agosto de 2014

SEAPAC realiza reunião com comissões municipais para contrato com a SETHAS

Reunião realizada no município de Bodó
O Serviço de Apoio aos Projetos Alternativos Comunitários (SEAPAC) deu início, nesta terça-feira (12), às reuniões com os representantes das comissões municipais de Bodó e Cerro Corá para que comecem as visitas às futuras famílias que serão beneficiadas com as cisternas da primeira água, de 16 mil litros, fruto do contrato 013/2014 com a Secretaria de Estado do Trabalho, da Habitação e da Assistência Social (SETHAS). Esse contrato vai dar acesso às cisternas de primeira água (P1MC) para 1.204 famílias.
No município de Bodó, o encontro contou com a presença da comunidade local, representantes do governo municipal e da SETHAS, Ana Cristina Bezerra e Guibson Pegado da Silva. O coordenador do Projeto de Convivência com o Semiárido, Damião Santos de Medeiros (SEAPAC), esclareceu os assuntos sobre a realização do projeto na região.
Para o secretário municipal de assistência social, Luiz Lupércio da Silva Junior, essa iniciativa é uma forma de fortalecer a agricultura e proporcionar qualidade de vida para os beneficiados. “Acredito que esse benefício só vem a fortalecer tudo aquilo que a gente preza na nossa região, que é uma água de qualidade para garantir saúde e melhoria para todos”, ressaltou.
Luiz Lupércio ainda afirmou que a adutora apresenta muitos problemas com o abastecimento de água, e isso prejudica a população. “Isso fragiliza a nossa cadeia produtiva e tudo aquilo que diz respeito a agricultura e a qualidade de vida dos agricultores do nosso município”, disse o Secretário.
Reunião realizada no município de Cerro Corá
Durante a tarde, no auditório paroquial de Cerro Corá, a reunião contou com um grande número de pessoas. Elas tiraram as dúvidas a respeito do projeto e discutiram sobre as medidas que serão tomadas para a construção das cisternas na cidade.
Para Marilene Soares Adelino, moradora do Sítio Divisão, localizado na zona rural do município cerro-coraense, essa iniciativa será muito importante para a comunidade. “Isso vai ser muito bom para as famílias que vão receber esse benefício; o abastecimento de água aqui é complicado demais e temos necessidade desse projeto”, afirmou.
Amanhã será realizada mais uma reunião com a comissão municipal, dessa vez será na cidade de Lagoa Nova, pela manhã.

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Programa fornece documentação a mulheres Trabalhadoras Rurais

O Programa Nacional de Documentação da Trabalhadora Rural, do Ministério do Desenvolvimento Agrário, realiza mutirões de documentação, com o objetivo de fornecer os documentos para quem ainda não os tem. Os mutirões já acontecem em cidades do Rio Grande do Norte. Veja o calendário, publicado no site nominuto.com:
Confira o calendário das ações:
Parazinho:
Data: 5 e 6 de agosto (terça e quarta-feira)
Horário: 8h às 17h
Local: Mutirão no Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) - Sede do Município
Pedra Grande:
Data: 7 a 9 de agosto (quinta a sábado)
Horário: 8h às 17h (7e 8 de agosto) 8h à 12h (9 de agosto)
Local: Mutirão no Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) - Sede do Município
São Bento do Norte:
Data: 11 a 13 de agosto (segunda a quarta-feira)
Horário: 14h às 17h (11 agosto) 8h às 17h (12 e 13 de agosto)
Local: Mutirão no Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) - Sede do Município.
Fonte: www.nominuto.com