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sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Conselho de Saúde de Caicó provoca discussão sobre situação do Hospital Regional do Seridó


A comissão constituída pelo Conselho Municipal de Saúde para dar encaminhamentos à situação do Hospital Regional do Seridó e a Fundação Carlindo Dantas, gestora do Hospital do Seridó, realizarão reunião conjunta, na próxima segunda-feira, primeiro de dezembro, às 9 horas, na sede da Secretaria Estadual de Saúde, em Natal. Representantes de vários órgãos, entre eles o Conselho Estadual de Saúde, a coordenação do RN Sustentável, Prefeitos de cidades do Seridó, UFRN, entre outros.

O objetivo é resolver o problema fundiário entre o Hospital Regional e o Coríntias Futebol Clube, de Caicó. O Hospital foi construído, há mais de 20 anos, em terreno do Clube, mas até agora não foi resolvida a pendência jurídica sobre o terreno, envolvendo as instituições. O fato pode causar a perda de recursos públicos da ordem de mais de três milhões de Reais, alocados para o Hospital Regional do Seridó.

Outra questão que será abordada no encontro é sobre a situação jurídica do Hospital do Seirdó. Há uma indefinição sobre se o hospital é um ente jurídico de direito privado ou de direito público. Essa indefinição pode levar o hospital do Seridó a perder a cessão de funcionários públicos, o que inviabiliza a continuação da prestação de serviços de saúde à população de Caicó. Atualmente, o Hospital do Seridó é uma referência para o atendimento materno-infantil do Seridó. Uma das propostas é que o Hospital do Seridó seja entregue à Universidade Federal do Rio Grande do Norte, para que se torne um hospital universitário vinculado ao curso de medicina multicampi.

Encontro de Comitês de Bacias Hidrográficas faz várias propostas de trabalho

Eng. Agrônomo José Procópio de Luena (Foto: José Bezerra)
Os participantes do XVI Encontro Nacional de Bacias Hidrográficas (ENCOB), realizado de 24 a 27 deste mês, em Maceió-AL, apresentaram vários encaminhamentos no sentido de melhorar o trabalho dos comitês de bacias hidrográficas, em todo o Brasil. Segundo o Engenheiro Agrônomo José Procópio de Lucena, do Serviço de Apoio aos Projetos Alternativos Comunitários (SEAPAC) e presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica Piancó-Piranhas Açu, vários desses encaminhamentos deverão ser postos em prática pelos comitês.
Entre esses encaminhamentos, ele destacou: a criação de Fóruns Estaduais e Interestaduais dos Comitês de Bacias Hidrográficas; o financiamento dos comitês de bacias hidrográficas por órgãos públicos; estruturação dos recursos hídricos do Estado; Envolvimento dos municípios na gestão dos Comitês de Bacias Hidrográficas; Aprofundamento do papel dos Comitês de Bacias Hidrográficas na mediação dos conflitos por uso de água; e construção de uma rede de comunicação e informação entre os Fóruns e Comitês de Bacias Hidrográficas.
Entre os encaminhamentos, um veio em forma de questionamento: se os Fóruns devem ser institucionalizados ou não.

Primeiro parque eólico é inaugurado no Brasil

O parque produz o suficiente para fornecer energia para uma cidade com aproximadamente 35 mil pessoas.

Com investimentos na ordem de R$ 100 milhões, a Honda, por meio da subsidiária Honda Energy, inaugurou na quarta-feira, 26 de novembro, seu primeiro parque eólico do mundo, na cidade gaúcha de Xangri-Lá. O empreendimento tem o objetivo de produzir toda a energia utilizada pela marca na fábrica de automóveis em Sumaré, no interior de São Paulo.

Depois de dois anos de estudos e dez meses de construção, o parque está pronto para produzir 95.000 MW/ano, ou seja, toda a produção anual da Honda — em média 120 mil carros — será gerada com energia limpa. Em termos de abastecimento, o parque produz o suficiente para fornecer energia para uma cidade com aproximadamente 35 mil pessoas.

Toda a energia gerada será “lançada” no Sistema Integrado Nacional (SIN) e utilizada normalmente na rede, gerando “crédito” para a marca, que, com isso, economizará cerca de 45% dos custos com energia.

Mas a Honda já pensa em ampliar suas iniciativas sustentáveis. Ao menos é o que afirma Issao Mizoguchi, presidente da Honda South America. O objetivo do executivo é, em breve, ampliar esse abastecimento para a fábrica de motos em Manaus e para a nova fábrica de automóveis, ainda em construção na cidade de Itirapina, no interior de São Paulo.

Elbia Melo, presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica, destacou que o Rio Grande do Sul foi escolhido para sediar o parque eólico por seu grande potencial de produção desse tipo de energia, uma vez que todo o estado é capaz de gerar energia suficiente para abastecer uma cidade como Porto Alegre, com 1,47 milhão de habitantes.

O parque é composto por nove torres com 94 metros de altura, sendo que o ponto mais alto do conjunto alcança 150 metros. As 27 pás, por sua vez, possuem 55 metros e 15 toneladas cada, informou o Carsale.
Eco Desenvolvimento
Fonte: http://domtotal.com/noticias/detalhes.php?notId=839057

Rede de Organizações da Agricultura Familiar celebra 15 anos de atuação no Semiárido Brasileiro

Simone Benevides - comunicadora popular da ASA
Campina Grande | PB
26/11/2014
A Praça da Bandeira em Campina Grande foi palco do flash mob da ASA PB | Foto: Asa Paraíba
“Ampliar a Resistência e Fortalecer a Convivência” foi com esse lema que a Articulação Semiárido Brasileiro (ASA) celebrou na manhã desta quarta-feira, 26, seus 15 anos de atuação nos estados do Nordeste e parte do estado de Minas Gerais, trabalhando pelo fortalecimento da Agricultura Familiar de base agroecológica.
Em todo Brasil, entre às 10h e 12h, várias mobilizações relâmpagos (Flash Mobs) aconteceram para dar visibilidade às ações de convivência da ASA. A iniciativa dialogou com a população urbana, convidando homens e mulheres a fazerem uma reflexão a partir das temáticas “Água como Alimento e Água para a Produção de Alimentos”, na perspectiva de se pensar os modelos de agricultura, um que produz alimentos saudáveis, e outro, associado ao agronegócio que, quando produz alimentos, estes são contaminados por agrotóxicos ou são transgênicos.
Cada estado escolheu uma cidade (de grande ou médio porte) para que a mobilização acontecesse.  Na Paraíba, a praça central de Campina Grande foi o lugar escolhido para serem lançadas as seguintes perguntas ao público: “Você tem fome de quê? e Você tem sede de quê?”, como forma de instigá-lo a pensar sobre a qualidade dos alimentos que chegam a sua mesa e a relação estabelecida entre o campo e a cidade.
A ação, que contou com a participação de 150 pessoas de todos os territórios do estado, aconteceu na Praça da Bandeira, local muito popular da cidade. Um mapa do estado da Paraíba foi estendido no chão da Praça, com imagens do semiárido que faziam menção a um Nordeste e a uma agricultura que já não representa o cenário de fortalecimento da região semiárida brasileira: fome, desolação, êxodo rural, carros pipa, filas de emergência, desmatamento, etc. Com um sinal dado por atores em pernas de pau, os participantes do flash mob (pessoas das organizações que compõem a ASA PB) preencheram o mapa com os alimentos e símbolos do modelo de convivência com o semiárido que a ASA vem construindo, como: uma diversidade de sementes, frutas e hortaliças variadas, artesanato, mel, queijo, doces e mais uma infinidade de objetos representativos da agricultura familiar, tudo acompanhado com artistas em pernas de pau, e ao som do Maracatu. Ao final do ato, os participantes se dispersaram deixando um aviso de que os alimentos eram para serem levados pelos transeuntes que passavam ali naquele momento. Toda a movimentação teve duração de aproximadamente 10 minutos.
Para a representante da ASA PB na Coordenação Executiva da ASA Brasil, Glória Araújo, os 15 anos da ASA é, sobretudo, celebrar as conquistas de valorização do Semiárido, fortalecendo iniciativas para que o povo do Semiárido tenha, de fato e de direito, a cidadania. “Quando a ASA pauta o  acesso a água e o direito a água, ela está propondo essa cidadania, hoje nós comemoramos, mais de 558 mil cisternas de água para beber e cozinhar; e o Programa Uma Terra e Duas Águas (P1+2), já implementou mais de 72 mil tecnologias sociais de estocagem de água para produção de alimentos. Além disso, temos ainda o processo de formação de gestão do recurso natural e também de sistematizações de experiências bem sucedidas que vêm sendo realizadas pelas agricultoras e agricultores, o próprio processo de intercâmbio de experiência de agricultor/a para agricultor/a, onde a cada dia, nós vemos que essa rede está se fortalecendo e produzindo alimentos saudáveis. Celebrar esses 15 anos, com um flash mob, em Campina Grande, na Praça da Bandeira, além de ser um momento histórico é também mostrar para as pessoas da cidade aquilo que os agricultores/as e as organizações do Semiárido vem fazendo, em defesa da vida e em defesa da convivência com o Semiárido. É muito bom esse diálogo entre campo e cidade na luta por um mundo melhor”, disse a coordenadora. 
Glória também explica que o acesso água mudou a vida das mulheres camponesas “depois das cisternas de água de beber e água para a produção, as mulheres deixaram de andar quilômetros em busca do recurso, e hoje, elas podem investir esse tempo na produção dos quintais, onde estão cultivando seus alimentos (hortaliças, plantas medicinais e frutíferas) ou beneficiando produtos a partir da matéria prima de suas propriedades (bolos, manteiga, polpas de frutas nativas, dentre outros). Sem falar que a água que elas consomem hoje, é água de qualidade, diferente daquela que elas pegavam em outros reservatórios”, finalizou.
O flash mob aconteceu de forma simultânea em outras organizações da ASA Brasil nas cidades de: Montes Claros (MG), Feira de Santana (BA), Aracajú (SE), Arapiraca (AL), Triunfo (PE), Mossoró (RN), Fortaleza e (CE), Teresina (PI) e São Luís (MA). A maior parte das ações ocorreu em praças públicas e vias de grande circulação de pessoas.
A agricultura familiar produz 70% dos alimentos que chegam à casa de milhões de brasileiros e brasileiras, no entanto ocupa somente 24% das terras agrícolas no país. Agricultores e agricultoras familiares do Semiárido trabalham no campo com a consciência de preservar a vegetação nativa da caatinga e do cerrado, o que possibilita a geração de trabalho e renda. Ao contrário do agronegócio, que pratica a monocultura e o uso de agrotóxicos. A ASA Brasil é composta de mais de três mil organizações da sociedade civil, com atuação na gestão e desenvolvimento de políticas públicas de convivência com o Semiárido.

Fonte: http://www.asabrasil.org.br/Portal/Informacoes.asp?COD_NOTICIA=8799

FAO homenageia Brasil e outros países que tiveram progressos na luta contra a fome

Além do Brasil, serão homenageados Camarões, Etiópia, Gabão, Gâmbia, Irã, Kiribati, Malásia, Mauritânia, Ilhas Maurícias, México, Filipinas e Uruguai


Por Agência Brasil
O Brasil e mais 12 países serão homenageados no domingo (30) pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) como os mais novos a entrarem na lista dos que obtiveram progressos recentes na luta contra a fome. A cerimônia será na sede da FAO, em Roma.
Em nota, a organização informou que além do Brasil, serão homenageados Camarões, a Etiópia, o Gabão, a Gâmbia, o Irã, Kiribati, a Malásia, Mauritânia, as Ilhas Maurícias, o México, as Filipinas e o Uruguai.
Na ocasião, o diretor-geral da FAO, o brasileiro José Graziano da Silva, entregará um certificado a representantes desses países, que incluem a ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome do Brasil, Tereza Campello, o vice-presidente de Gâmbia, Isatou Njie-Saidy, e o ministro da Agricultura e do Desenvolvimento Rural de Camarões, Menye Essimi.
Há duas categorias de prêmios a serem oferecidos – um aos países que, segundo as estimativas da FAO, atingiram o primeiro dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, que é o de reduzir à metade a proporção de pessoas subnutridas até 2015.
Outro prêmio será atribuído aos países que alcançaram antecipadamente uma meta ainda mais ambiciosa, estabelecida pela Conferência Mundial da Alimentação – a de diminuir à metade o número absoluto da fome até 2015. O Brasil, Camarões e o Uruguai estão nessa segunda lista, de acordo com o comunicado.
A FAO é uma organização intergovernamental que conta com 194 Estados-Membros, dois associados e uma organização, a União Europeia. A essência de suas atividades é alcançar a segurança alimentar para todos e garantir que as pessoas tenham acesso a alimentos de boa qualidade para que possam levar uma vida ativa e saudável.
Fonte: http://portalnoar.com/fao-homenageia-brasil-e-outros-paises-que-tiveram-progressos-na-luta-contra-fome/

Pró-Sertão incrementa economia do Seridó com mais de R$ 1,6 milhão

Esse é o montante que o programa faz circular por mês na região devido ao funcionamento de dezenas de unidades têxteis.


Por Diego Vale / Agência Sebrae
Durante seminário, empreendedores puderam tirar dúvidas sobre o programa com consultores. (Foto: Melina Soares)
Durante seminário, empreendedores puderam tirar dúvidas sobre o programa com consultores. (Foto: Melina Soares)
Parceria entre empreendedores do interior do Rio Grande do Norte e grandes grupos do setor têxtil tem contribuído para movimentar a economia de regiões, como o Seridó, onde somente um dos grupos – o Guararapes – chega a injetar R$ 1,6 milhão. A cifra foi revelada pelo diretor industrial da Guararapes, Jairo Amorim, durante a segunda edição do Seminário Técnico do Programa de Industrialização do Interior (Pró-Sertão), realizado na quarta-feira (26), em Parelhas. O seminário é promovido pelo Sebrae no Rio Grande do Norte em parceria Senai, Sesi, Sistema Fiern e o governo do estado, parceiros no programa.
Jairo Amorim destacou as regras e normas para implantação de facção de costura direcionada à produção do grupo Guararapes. O executivo apresentou as metas do grupo, revelando que a expansão das lojas da Riachuelo está diretamente relacionada ao incremento da produção industrial. “Em um ano, o Pró-Sertão já viabilizou o surgimento de 69 novas facções, dezenove a mais do que o esperado. O programa chega a injetar mensalmente na economia do Seridó, só pela Guararapes, mais de R$ 1,6 milhão”, destacou.
Uma das palestras do seminário teve como tema a construção do plano de negócios da empresa e sua importância para a abertura do negócio. O consultor do Sebrae, Rogério Xavier, falou sobre o tema. “O plano de negócios dá condições ao empresário de visualizar suas metas, seus custos fixos e variáveis e estratégias para alcançar o faturamento almejado”, afirmou.
Sobre o Pró-Sertão, o consultor ressaltou que há relatos de empresas que estão há poucos meses no mercado e já conseguiram duplicar a equipe, aumentar o faturamento, recuperar o capital investido e investir em mão de obra. “O Pró-Sertão veio para mudar a realidade do Estado”, ressaltou. O Banco do Nordeste é o principal agente financeiro do Pró-Sertão, oferecendo crédito facilitado para a implantação dessas empresas. De acordo com Tavares Lima, gerente de negócios do BNB, a procura é imensa. “Financiamos várias facções em 2014 e há possibilidades de ampliar em 2015”, assinalou.
Fonte: http://portalnoar.com/pro-sertao-incrementa-economia-serido-com-mais-de-r-16-milhao/

Brasil vai propor metas para o efeito estufa

Governo vai apresentar em Lima proposta para que países em desenvolvimento também assumam compromisso.

O Brasil vai apresentar à Conferência das Partes sobre o Clima (COP 20), na próxima semana, em Lima, uma proposta para que países em desenvolvimento também assumam metas de mitigação da emissão de gases do efeito estufa e de adaptação às consequências do aquecimento. As metas, no entanto, seriam autoimpostas e sim determinadas de acordo com o que cada país acha possível fazer.

A alternativa brasileira pretende ser a solução para o impasse que, até agora, tem dificultado as negociações para um acordo que substitua o Protocolo de Kioto a partir de 2020. Desde 2009, quando a COP 15, em Copenhague, terminou sem acordo, os países ricos tentam fazer com que os em desenvolvimento - em especial os emergentes - assumam também responsabilidade nas metas.

A proposta brasileira é um meio termo. As metas não seriam comuns, mas os emergentes adotariam uma postura semelhante ao que o Brasil fez em Copenhague: proporiam suas metas e essas se tornariam obrigatórias. Já as metas dos países ricos seriam de reduções em termos absolutos, além de ajudarem a financiar a adaptação dos países mais pobres.

"Justiça também é algo que os países querem ver", disse o subsecretário de Meio Ambiente e Energia do Itamaraty, José Antônio Marcondes de Carvalho, lembrando que o atual estoque de gases começou a ser formado na Revolução Industrial. Marcondes acredita que agora o caminho está melhor. "Copenhague foi uma lição aprendida. Não se espera e não se quer repetir aquele final".
Agência Estado
Fonte: http://domtotal.com/noticias/detalhes.php?notId=838969

quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Seapac realiza capacitação com famílias do municipio de Lajes

Famílias de Lajes, na capacitação para terem
acesso às tecnologias sociais (foto: José Bezerra)
O Serviço de Apoio aos Projetos Alternativos Comunitários (SEAPAC) iniciou a capacitação das famílias de Lajes que terão acesso às tecnologias sociais da segunda água (P1+2). Cada família terá acesso a uma das tecnologias sociais (cisterna calçadão, cisterna de enxurrada, barreiro trincheira ou barragem subterrânea). A escolha corresponde às condições técnicas de cada terreno.
A capacitação desta semana é sobre o Gerenciamento de Água para a Produção de Alimento (GAPA). As famílias aprendem sobre o uso da água na produção de alimentos e recebem informações informações gerais sobre o Programa Uma Terra e Duas Águas (P1+2), quantidade e origem dos recursos disponibilizados para a construção das tecnologias sociais e escolhem o caráter produtivo (criação de aves e pequenos animais).
Na próxima semana, a partir da quinta-feira, essas mesmas famílias receberão a segunda capacitação, desta vez sobre o Sistema Simplificado de Manejo de Água (SISMA). Nessa capacitação, as famílias aprendem a construir e cuidar dos canteiros de hortaliças, uso de adubos e defensivos orgânicos, criação de animais e aves. Depois das duas capacitações, será iniciada a construção das tecnologias sociais. Posteriormente, elas farão uma visita de intercâmbio a outras famílias que já têm as tecnologias e já estão produzindo alimentos, para trocar experiências.

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Desmatamento cai 18% na Amazônia Legal em 2014

De 2004 a 2014, a redução na taxa de desmatamento foi de 83%

Agência Brasil
O desmatamento caiu 18% na Amazônia Legal no período entre agosto de 2013 e julho de 2014, em relação ao período anterior – agosto/2012 a julho/2013. Os dados estimados foram divulgados nesta quarta-feira (26) pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). O resultado do mapeamento de 2014 apresentou taxa de 4.848 quilômetros quadrados (km²) desmatados, comparados a 5.891 km² do período anterior.
O Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal (Prodes), do Inpe, computa como desmatamento as áreas maiores que 6,25 hectares onde ocorreu remoção completa da cobertura florestal – o corte  raso. O cálculo da taxa de desmatamento foi obtida após o mapeamento de 89 imagens de satélite.
O desmatamento na Amazônia Legal caiu 18% entre agosto de 2013 e julho de 2014
O desmatamento na Amazônia Legal caiu 18% entre agosto de 2013 e julho de 2014
A avaliação do Inpe mostra que essa é a segunda menor taxa de desmatamento na Amazônia Legal desde que o instituto começou a medi-la, em 1988, no âmbito do Prodes. De 2004 a 2014, a redução na taxa de desmatamento foi 83%. Naquele ano, o desmatamento foi 27.772 km² de florestas, quando foi criado o Plano de Ação para a Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal. A menor taxa foi registrada em 2012, quando foram desmatados 4.571 km².
Os estados que mais desmataram no último período foram o Pará, com 1.829 km² desmatados; o Mato Grosso, 1.048 km²; e Rondônia, com 668 km². Entre 2013 e 2014, o Acre desmatou 312 km²; Amazonas, 464 km²; Maranhão, 246 km²; Roraima, 233 km²; e Tocantins, 48 km².
Fonte: http://www.jb.com.br/pais/noticias/2014/11/26/desmatamento-cai-18-na-amazonia-legal-em-2014/

Papa: ´Doutrina Social da Igreja vem do Evangelho´

Em entrevista a jornalistas, Francisco esclareceu que não se filia a nenhuma identidade partidária.

CIDADE DO VATICANO – O avião que trouxe o Papa Francisco de Estrasburgo pousou no Aeroporto de Ciampino, em Roma, pouco depois das 16 horas. Durante o voo, como costuma fazer, o Santo Padre conversou com os jornalistas, respondendo às perguntas sobre os temas tratados no Parlamento Europeu.

O pontífice disse que a Doutrina Social da Igreja é inspirada no Evangelho, e interpelado sobre a expressão "identidade dos povos" contida no seu discurso e se o seu coração abrigava um “sentimento social-democrata”, respondeu:

"Não ouso qualificar-me de uma ou de outra parte. Eu ouso dizer que isto vem do Evangelho. Esta é a mensagem do Evangelho que a Doutrina Social da Igreja contém. Eu nisto, concretamente, e em outras coisas – sociais ou políticas – não me afasto da Doutrina Social da Igreja. A Doutrina Social da Igreja vem do Evangelho, da Tradição cristã. Isto que disse – a identidade dos povos – é um valor evangélico".

O papa aprofundou, após, o seu convite para se abrir à verdade edificando o bem comum, a ser confiado também aos jovens políticos:
“Eu vi nos diálogos com os jovens políticos, aqui no Vaticano, sobretudo, de diversos partidos e nações, que eles falam com uma música diversa que tende à transversalidade! Eles não têm medo de sair da própria pertença, sem negá-la, mas sair para dialogar. E são corajosos! E acredito que nisto devemos imitá-los. E também o diálogo entre as gerações. Este sair para encontrar pessoas de outra pertença e dialogar: a Europa tem necessidade disto, hoje”.

Dentro do tema da paz "seguidamente ferida", como afirmou em Estrasburgo, o papa Francisco assim respondeu aos jornalistas quando interpelado se seria possível o diálogo como o "Estado islâmico". "Eu nunca dou uma coisa por perdida, nunca! Talvez não se possa haver um diálogo, mas nunca fechar uma porta. É difícil, se pode dizer 'quase impossível', mas a porta está sempre aberta”.

Francisco convida então, a refletir sobre a resposta ao terrorismo: “Cada Estado por conta própria sente ter o direito de massacrar os terroristas, e com os terroristas caem tantos inocentes. E esta é uma anarquia de alto nível que é muito perigosa. Com o terrorismo se deve lutar, mas repito aquilo que disse na viagem precedente: quando se deve deter o agressor injusto, se deve fazer com o consenso internacional”.

Hoje a paz, como ele mesmo afirmou ao Conselho da Europa, “é violada também pelo tráfico de seres humanos”, nova escravidão do nosso tempo, tema tratado em diversas oportunidades pelo Pontífice: “A escravidão é uma realidade inserida no tecido social de hoje, mas há tempos. O trabalho escravo, o tráfico de pessoas, o comércio de crianças: é um drama. Não fechemos os olhos diante disto. A escravidão, hoje, é uma realidade; assim como a exploração das pessoas”.

A quinta viagem apostólica internacional do papa Francisco é concluída com as perguntas dos jornalistas sobre os próximos compromissos: agora foi à Estrasburgo, como coração das instituições europeias; no futuro – perguntam – será a vez da França?
“O plano não foi feito”, disse, mas certamente “se deve ir a Paris”, “existe uma proposta” para Lourdes e – acrescentou – pediu para visitar “uma cidade onde nunca tenha ido nenhum papa”.

Então, um pensamento final para a Europa:

"A Europa neste momento me preocupa; bom, para ajudar, que siga em frente. E isto como Bispo de Roma e sucessor de Pedro".
SIR
Fonte: http://domtotal.com/noticias/detalhes.php?notId=838181

Imprensa internacional repercute discurso do papa

Veículos americanos e europeus destacaram os diversos temas abordados pelo pontífice.

Os dois discursos do Papa Francisco proferidos nessa terça-feira (25) nas instituições europeias com sede em Estrasburgo abordaram um grande leque de assuntos, dando criatividade a coberturas mediáticas muito diferentes.

Dos principais meios de comunicação internacionais foram poucos os que ignoraram um evento que aconteceu pela última vez há 26 anos. Foi, no entanto, o caso do "site" do Telegraph e do "Boston Globe", embora este último tenha a desculpa de ter um "site" subsidiário, o "Crux", dedicado unicamente a questões ligadas à Igreja Católica, que naturalmente dá todo o destaque à visita. O vaticanista John Allen Jr., que esteve presente em Estrasburgo, diz que o Papa mandou a Europa: "Meter a casa em ordem, social e religiosamente".

O "New York Times" não dá muito destaque ao Papa, mas sublinha o seu apelo à abertura das fronteiras aos imigrantes, que o jornal americano descreve como refugiados. Este assunto foi sem dúvida um dos que mais atenção chamou, sobretudo de jornais de tendência mais liberal ou de esquerda. É o caso do "Guardian", que diz simplesmente que o papa "atacou a Europa por causa da sua postura em relação à imigração" e do "El Pais" que destaca a frase em que Francisco disse que o Mediterrâneo não se pode tornar um grande cemitério, aludindo aos horrores dos naufrágios de barcos cheios de imigrantes ilegais. Já o ABC, de direita, escolhe a referência do Papa à "doença" social que é a solidão na Europa.

O português "Diário de Notícias" também escolhe a mesma frase do cemitério do Mediterrâneo para o seu destaque. Contudo o DN, tal como todos os órgãos nacionais, incluindo a Renascença, colocam as notícias sobre o Papa abaixo do grande tema do dia, a prisão preventiva de José Sócrates. O "Público" não foge à regra, tendo escolhido para título a crítica do Papa ao sistema social que coloca a economia no centro e não a pessoa.

Para pleno destaque nos jornais generalistas, com direito a manchete, é preciso ir aos sites franceses, como por exemplo o "Le Monde" e o "La Croix". O primeiro puxa para manchete o apelo ao Parlamento Europeu para que abrace os valores humanistas, e o segundo é dos únicos órgãos que coloca em título o discurso ao Conselho da Europa, apelando a que se continue a trabalhar para a paz.

Os discursos do Papa são o principal destaque das duas principais revistas católicas do Reino Unido, o "The Tablet", de tendência mais liberal e o "Catholic Herald", mais conservador, na medida em que estes epítetos políticos se aplicam ao religioso.

O "Tablet" prefere a referência à Europa envelhecida e ao apelo do Papa para que a dignidade humana seja colocada no centro das políticas, enquanto o "Herald" cita a frase em que o Papa lamenta que os seres humanos ainda não nascidos e os doentes terminais sejam tratados como objetos na Europa.
SIR
Fonte: http://domtotal.com/noticias/detalhes.php?notId=838183

Política e economia do clima

Uma governança efetiva da sustentabilidade vai depender da relação que a China vai manter com os Estados Unidos.

Por José Eli da Veiga*

Foi ímpar o anúncio feito há duas semanas por Xi Jinping e Barack Obama de inéditas metas de emissão de carbono para seus países. É verdade que desde julho de 2013 um pacote de cinco projetos já vinha sendo executado pelos dois governos, e que a 6ª "Rodada de Diálogos Estratégicos", em julho deste ano, alocou recursos para oito outras empreitadas de descarbonização. Porém, por mais céleres que estivessem ocorrendo essas negociações bilaterais, era impossível supor que apenas quatro meses depois o mundo seria agraciado com um "pacto" tão promissor.

Claro, será difícil aguardar que apenas em 2030 a China comece a reduzi-las em termos absolutos. E dependerá muito dos resultados de próximas eleições a ambição de que os EUA tenham em 2025 emissões entre 26% e 28% inferiores às de 2005. Mas essa é uma aritmética que não consegue embaçar o significado do fim de impasse criado pela China ao rechaçar, por duas décadas, a necessidade de assumir qualquer compromisso descarbonizador, mesmo depois de o Senado americano ter aprovado - por raríssima unanimidade (95 a zero) - um veto prévio a qualquer acordo que eximisse os países emergentes de similares engajamentos.

A avaliação do alcance do "pacto" de 12 de novembro de 2014 também não pode ser amesquinhada pelas restritas bitolas de um regime climático atrofiado pelo sinistro protocolo que perverteu a Convenção de 1992, cinco anos depois em Kyoto. Por mais que possa influenciar positivamente a tão esperada conferência de 2015 em Paris (21ª CoP), assim como sua preliminar de Lima, que começa na semana que vem, ele precisa ser examinado no contexto mais amplo em que engatinha a governança global do desenvolvimento sustentável.

Tanto quanto a estabilidade e a paz globais, uma governança efetiva da sustentabilidade dependerá essencialmente da relação que essa grande potência, a China, vai manter com os Estados Unidos. Como enfatiza Henry Kissinger, uma guerra fria entre esses dois gigantes impediria o progresso por uma geração dos dois lados do Pacífico e disseminaria as disputas por influência nas políticas de cada região, justamente quando questões globais como proliferação nuclear, segurança energética e mudança climática exigem intensa cooperação.

Isso quer dizer que todos os possíveis avanços de governança global dependerão demais da força que vierem a adquirir os "neoconservadores" americanos e os "triunfalistas" chineses, pois ambos contam com a inevitabilidade do conflito, por apostarem que o sonho chinês será forçosamente o pesadelo americano, por mais que seja viável uma ascensão tranquila da China.

A alternativa disponível é o compromisso com a construção de uma "Comunidade do Pacífico", adequada à trajetória da coevolução sino-americana. Com ela, os dois países poderão buscar seus imperativos domésticos, cooperando sempre que possível e se ajustando de modo a minimizar o conflito. Um lado não endossará todos os objetivos do outro, muito menos presumirá total identidade de interesses, mas ambos buscarão identificar e desenvolver interesses complementares.

É fundamentalmente dessa alternativa que depende um acordo no G-20 para que seja destravado o maior de todos os determinantes da sustentabilidade: a descarbonização. Em vez de se querer que mais de 190 países cheguem a se entender sobre metas nacionais de redução de emissões só aplicáveis a partir de 2020, muito melhor será que as 45 nações que fazem parte do G-20 aproveitem o "pacto" de Pequim para acelerar o processo. Esse gesto daria um impulso crucial à inovação tecnológica no âmbito das energias renováveis, enquanto a menos nociva das energias fósseis, o gás, ajudaria na transição.

O G-20 pode rapidamente decidir, por exemplo, que antecipações na redução de emissões de carbono sejam reconhecidas como unidades de valor financeiro conversível, abrindo caminho à emissão de certificados de redução de emissões que - uma vez reconhecidos pelo FMI - poderão ser reembolsados por bancos centrais.

Essa proposta, de criação de certificados negociáveis como nova moeda lastreada em boas práticas de descarbonização (que vem sendo elaborada pelos economistas franceses Michel Aglietta e Jean-Charles Hourcade) foi encampada pelo presidente da Comissão Mista sobre Mudanças Climáticas do Congresso Nacional (CMMC), o deputado federal carioca Alfredo Sirkis. E depois de ter sido pauta de audiência pública dessa Comissão no final de agosto, na sede da Assembleia Legislativa paulista, também passou a ser vista com muita simpatia pelos melhores quadros do Itamaraty.

Mas, é preciso ter em conta que se trata de uma ideia ainda incipiente e periférica nos debates econômicos sobre a questão climática, como mostra o circunstanciado balanço apresentado por Petterson Molina Vale, da London School of Economics (LSE), no quarto capítulo do livro "O Imbróglio do Clima", que será lançado na tarde de amanhã na livraria Fnac Pinheiros, com conversa animada pelos professores Eduardo Viola (UnB) e Ricardo Abramovay (USP).
Valor, 25-11-2014.
Fonte: http://domtotal.com/noticias/detalhes.php?notId=838166
*José Eli da Veiga é professor sênior do Instituto de Energia e Ambiente da USP.

Crianças do Assentamento Jurema, município de Mossoró tem um dia de aprendizado e cuidado com a natureza.


Crianças do Assentamento Jurema participaram da atividade | Foto: Arquivo Coopervida
Um dia de aprendizado e cuidado com a natureza, foi assim a manhã desta terça-feira (25) das crianças do assentamento Jurema, município de Mossoró/RN.  Crianças entre sete e doze anos, juntamente como os moradores do assentamento aprenderam na prática, a produzir mudas. Que posteriormente serão utilizadas no paisagismo da própria escola e do assentamento. Foi realizada uma dinâmica na qual as crianças se dividiam em grupos para realizar a produção das mudas. Os grupos foram nomeado por eles como: Jacaré, Jaguatirica, Trabalhadores e Guerreiros Jacú, os quais estes receberam sementes de: Cajú, Algaroba, Jucá, Pereiro, Moringa, Noni, Angico, Chuva de Ouro, Cabaça, Mufumbo, Algodão e Manga.
‘Estou muito contente, porque vou acompanhar o crescimento das árvores’ ‘Achei bem difícil, mas apesar disso vou fazer outras mudas em casa’ ‘Não vejo a hora delas crescerem’. ‘Árvores são muito importantes’. ‘Teremos mais sombras’. ‘Acho bonita elas grandes’. ‘Vou cuidar bem delas’.  Foram frases ditas por estas crianças no decorrer da atividade. A alegria era contagiante estavam eufóricas com a experiência.
Estar desenvolvendo esse contato prático com a natureza mostrando que o papel dessas crianças pode ser fundamental no cuidado, manejo e conscientização no assentamento em que que residem, fazem fortalecer o processo de convivência destas, com o meio ambiente.
A iniciativa faz parte da comemoração dos 15 Anos da Coopervida, que tem como objetivo multiplicar 15 mil mudas no decorrer do ano em comunidades em que foram executados projetos pela instituição, fazendo com que todos e todas se envolvam e participem desta comemoração.

Por: Marta Vick - comunicadora popular da ASA
Fonte: http://www.asabrasil.org.br/Portal/Informacoes.asp?COD_NOTICIA=8794

Mobilização na UFERSA ‘envenena’ estudantes e alerta sobre os perigos dos agrotóxicos

Texto e fotos:
Stefanya Neves – Comunicadora Popular da ASA
Camila Paula – Comunicadora Popular da ASA
Simulação do envenenamento dos alimentos pelos agrotóxicos
Nesta quarta-feira, 26, a Articulação Semiárido Brasileiro completa 15 anos de vida. Em comemoração, intervenções de curta duração (Flash’s Mob), foram realizadas em todos os estados que compõem o semiárido. Seguindo as perguntas “Você tem fome de quê?” e “Você tem sede de quê?”, a ASA Potiguar realizou sua intervenção no Restaurante Universitário da Universidade Federal Rural do Semiárido (UFERSA), trabalhando a temática da agroecologia.
Na ocasião, comunicadores e comunicadoras populares, agricultores e agricultoras e o movimento estudantil da UFERSA simularam a pulverização de agrotóxicos na alimentação dos estudantes, com o objetivo de alertá-los sobre os perigos que essa prática traz para a saúde das pessoas do campo e da cidade. Com as palavras de ordem “Comida com veneno não dá mais pra aceitar, quero agroecologia com a agricultura familiar”, o grupo anunciou a agricultura familiar agroecológica como a alternativa para segurança e soberania alimentar.
Mobilização dos 15 anos da ASA, na UFERSA
“A princípio, a galera (classe estudantil) ficou espantada, vendo o cara pulverizar veneno na comida deles mesmo que hipoteticamente, mas com o anúncio feito pelo grupo, no final, o pessoal entendeu a mensagem, aplaudiu e muitos acabaram entrando na roda”, afirmou o estudante Guilherme Severo. A mobilização gerou o debate entre os universitários, que passaram a se questionar sobre o modelo atual da produção de alimentos.

Ainda dentro das comemorações dos 15 anos da ASA, os estudantes foram convidados a participar do Encontro Estadual da ASA Potiguar, que acontece no Auditório Amâncio Ramalho, também na UFERSA, até a próxima sexta-feira, 28 de novembro.

Estados participantes do PAD debatem metas

Lançado em 2004, desde 2011 o PAD integra o Plano Brasil sem Miséria e o Programa Água para Todos.

Representantes dos nove estados que integram programa coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) reuniram-se hoje (25) em Brasília para a sexta edição do Encontro Nacional do Programa Água Doce (PAD). Até quinta-feira (27), no auditório do MMA, os participantes debaterão projetos já executados e estabelecerão metas para as atividades de 2015.

“Na primeira palestra, apresentamos a situação do semiárido, por conta da escassez hídrica, e todas as questões de impactos ambientais”, lembrou o coordenador nacional do PAD no MMA, Renato Ferreira. Segundo ele, os debates precisam incluir situações como o resgate da vegetação e problemas fundiários de cada região onde o programa atua.

Do encontro participam gestores, representantes de empresas que realizam as obras e as comunidades beneficiadas. A implantação do programa encontra-se em estágios diferentes nos estados que o integram. No Rio Grande do Norte, Ceará e na Paraíba as obras já foram iniciadas. Concluídos os diagnósticos necessários, Alagoas, Sergipe e Bahia passarão à fase de licitação. Já Piauí, Minas e Pernambuco assinaram recentemente o convênio e darão início aos diagnósticos da comunidade.

Conforme Renato Ferreira, aproximadamente 100 mil pessoas já foram beneficiadas. “O encontro marca o fim da primeira fase, que é o diagnóstico. Analisamos os dados ambientais e sociais do diagnóstico de campo e vamos nos preparar para que a fase de implantação de obras ocorra de forma adequada”, salientou. Segundo ele, os produtos finais do encontro serão o cronograma de execução institucional e o acompanhamento da execução das obras.

Com a evaporação das águas superficiais em localidades do semiárido, a subterrânea passa a ser, muitas vezes, a opção disponível para a população. A composição do solo pode transformá-la em imprópria para o consumo humano. De acordo com o coordenador do PAD, o sistema utilizado transforma a água salobra em potável. Acrescentou que o trabalho conta com instituições federais, estaduais e municipais e objetiva construir uma política pública permanente de acesso à agua.

“Tivemos cuidados técnicos, sociais e ambientais na implantação e gestão do sistema de dessalinização. É um programa de âmbito nacional, mas prioritariamente voltado para comunidades rurais do semiárido”, assinalou Ferreira.

Lançado em 2004, desde 2011 o PAD integra o Plano Brasil sem Miséria e o Programa Água para Todos. “O desafio é implantar a metodologia do programa, com aspectos sociais e ambientais, em 1,2 mil comunidades dos 300 municípios mais críticos do semiárido. Já realizamos o diagnóstico de 2,9 mil comunidades. Devemos atingir 3, mil até meados do ano que vem", adiantou.

De acordo com o coordenador, o programa tira a população de uma situação de beber água em açudes de alta contaminação bacteriológica e, com tecnologia de ponta, "gera uma água de altíssima qualidade, com efetivas melhorias nas condições de vida da população, diminuindo a mortalidade infantil e doenças de veiculação hídrica”.
Agência Brasil
Fonte: http://domtotal.com/noticias/detalhes.php?notId=838098

Mudança climática pode agravar pobreza

O aquecimento poderá agravar a pobreza ao secar os cultivos agrícolas e ameaçar a segurança alimentar das pessoas.

Washington - O aquecimento global poderá agravar "significativamente" a pobreza no mundo, ao secar os cultivos agrícolas e ameaçar a segurança alimentar de "milhões" de pessoas, advertiu o Banco Mundial.
"Sem uma ação forte e rápida, o aquecimento (...) e suas consequências poderão agravar significativamente a pobreza em várias regiões do globo", alerta a instituição, em um relatório.
Secas, ondas de calor, acidificação dos oceanos: o Banco Mundial visualiza um cenário, no qual a comunidade internacional não atingirá seu objetivo de limitar o aumento das temperaturas no mundo a 2ºC, em relação à era pré-industrial, frente a um aumento de 0,8ºC nos dias de hoje.
Na hipótese extrema de um aumento de 4ºC, os acontecimentos climáticos "extremos" que aparecem, no pior dos casos, "uma vez por século", poderão se transformar na "nova norma climática", afirma a instituição.
O tom do relatório é particularmente alarmista em três regiões do planeta: América Latina, Oriente Médio e Europa Oriental.
O rendimento dos cultivos de soja podem cair de 30% a 70% no Brasil, enquanto metade das plantações de trigo na América Central e na Tunísia pode desaparecer, antecipa o documento elaborado com o suporte do Instituto de Pesquisa sobre o Impacto Climático de Potsdam, na Alemanha.
No caso de um aumento de 4ºC, até 80% das regiões do Oriente Médio e da América do Sul podem se ver afetadas por ondas de calor de uma amplitude "sem precedentes", acrescenta o informe.
"As consequências para o desenvolvimento seriam graves, com uma queda dos cultivos, um retrocesso dos recursos aquáticos, um aumento no nível das águas e a vida de milhões de pessoas postas em perigo", enumerou o Banco Mundial.
"Está claro que não podemos continuar com esse nível de emissão (de CO2) crescente e não controlado", escreveu o presidente do Bird, Jim Yong Kim.
Os dois maiores poluidores do mundo, Estados Unidos e China, selaram em 12 de novembro um acordo inédito para frear suas emissões de dióxido de carbono.
O Fundo Verde da ONU acaba de receber suas primeiras dotações de US$ 9,3 bilhões e poderá começar a ajudar os países pobres na luta contra o aquecimento global.
O Banco Mundial garante que é preciso ir além, sobretudo, para conseguir atingir a meta de erradicar a extrema pobreza até 2030. Esse objetivo já se anuncia como "complicado" em um mundo com um aumento de 2ºC, mas pode estar totalmente "fora de lugar", no caso de um avanço de 4ºC do termômetro mundial, alertou o Banco.
"Existem provas crescentes de que, mesmo com medidas de controle muito ambiciosas, a atmosfera já está imersa em um aquecimento próximo a 1,5ºC de hoje até a metade do século", insistiu o relatório, destacando que certos desequilíbrios climáticos já são "inevitáveis".
Na tentativa de reverter essa tendência, o banco, criticado por ter financiado projetos baseados nas energias fósseis, defende há vários meses um sistema que estabeleça um preço para a poluição - como uma taxa sobre o carbono, por exemplo.
"Uma ação urgente é necessária sobre a mudança climática, mas isso não deve ser feito em detrimento do crescimento econômico", disse Kim.
AFP
Fonte: http://domtotal.com/noticias/detalhes.php?notId=838228

ASA Brasil convoca assembleia geral

A Associação Programa Um Milhão de Cisternas para o Semiárido (AP1MC) realizará assembleia geral ordinária, dia 10 de dezembro, às 8 horas, no Hotel Campestre de Aldeia, em Camaragibe-PE. A assembleia fará a eleição da Diretoria da AP1MC para a gestão 2015-2016; eleição do Conselho Fiscal para a gestão 2015-2017; e discutirá outros assuntos do interesse da Associação.

Para efeito de verificação de quórum e votações, assembleia terá a participação dos associados por representação de, no mínimo, 20 delegados e máximo de 40, conforme explicita o Artigo 13 e respectivos parágrafos, do Estatuto da entidade. A convocação para a assembleia está sendo feita por edital, divulgado no site da ASA Brasil (www.asabrasil.org.br).

terça-feira, 25 de novembro de 2014

Representantes de Comitês de Bacias Hidrográficas realizam de encontro nacional

José Procópio, presidente do Comitê da Bacia
Hidrográfica Pianco-Piranhas-Açu (foto: José Bezerra)
O Comitê da Bacia Hidrográfica do Piancó-Piranhas-Açu, através do presidente, engenheiro-agrônomo José Procópio de Lucena, está participando do XVI Encontro Nacional de Comitês de Bacias Hidrográficas (ENCOB)), em Maceió-AL, no período de 24 a 27 de novembro. O evento é promovido pelo governo do de Alagoas, pelo Fórum Nacional de Comitês de Bacias Hidrográficas e pela Rede Brasil de Organismos de Bacias Hidrográficas. Também participam do evento representante dos poderes públicos municipais, estaduais e federal, usuários, ONGs, Universidades, pesquisadores, técnicos e segmentos sociais interessados no tema.
“Essa é uma oportunidade de trocar ideias, apresentar experiências exitosas de boa gestão dos recursos hídricos e, fundamentalmente, conhecer os modelos atualmente aplicados nos Estados brasileiros no que se refere ao gerenciamento das águas”, afirma José Procópio.

Os objetivos centrais do XVI ENCOB são: possibilitar que os Comitês de Bacias Hidrográficas identifiquem as oportunidades e desafios para a promoção da gestão integrada das águas, de forma participativa e descentralizada, de modo a apontar para toda a sociedade a efetiva sustentabilidade dos recursos hídricos; discutir amplamente os compromissos e responsabilidades dos entes do Sistema Nacional de Recursos Hídricos, visando a otimização das ações de preservação da qualidade e quantidade de nossas águas; estabelecer elos entre a boa gestão dos recursos hídricos na sua recuperação e preservação da saúde das populações; e debater a interface e integração das políticas federal e estaduais, compartilhadamente, com os municípios, apontando as ações necessárias para a implementação de programas e serviços que tragam a recuperação e conservação das águas.

Rede Eclesial faz apelo em defesa da vida na Amazônia

A Rede Eclesial Pan-Amazônica (Repam) foi criada com o objetivo de fortalecer a presença missionária no território amazônico, por meio de uma parceria entre diversas entidades como o Conselho Episcopal Latino-Americano e a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). A proposta da Rede é unir forças e criar caminhos de diálogo, cooperação e articulação entre todos os atores eclesiais presentes na região. Veja o vídeo de lançamento da Rede
Em mensagem da coordenação da Rede, as lideranças eclesiais expressam preocupação com a vida na Amazônia. “As condições de vida destes povos com suas culturas e o seu futuro nos impelem a ficar mais próximos uns dos outros e a viver em ‘rede’ para resistirmos juntos às investidas de devastação e violência. É desta maior proximidade e solidariedade que emerge nossa esperança. Amazônia tem futuro”, manifestam no texto. Confira a íntegra do texto
Desafios pastorais
Diante da diversidade cultural e da biodiversidade existente na região amazônica, também são identificadas algumas preocupações pastorais. “A expansão do grande capital na exploração da Amazônia através da mineração, agropecuária, construção de estradas, hidrelétricas e empresas madeireiras exige da Igreja maior presença profética. As antigas desobrigas ou tradicionais visitas esporádicas, uma ou outra vez por ano, são insuficientes para o fortalecimento pastoral das nossas comunidades”, destaca a mensagem.
A Repam nasce para articular ações integradas em defesa da vida dos povos da Pan-Amazônia e do seu bioma, fruto da parceria com os institutos de vida consagrada missionária nela inserida, as instituições eclesiais e colaboradores fraternos da Europa e dos Estados Unidos. Trata-se de organismo de “articulação e comunhão que busca estreitar os laços de colaboração e alcançar uma visão comum do trabalho missionário e evangelizador na região”.
Futuro para Amazônia
Ao final da mensagem, os membros da Repam recordam as palavras do papa Francisco que fez apelo à Igreja na América Latina para que cuide da Amazônia e “de toda a Criação que Deus confiou ao homem”.
“Queremos viver uma ‘cultura de encontro’ com todos os povos indígenas, ribeirinhos, pequenos camponeses e com todas as comunidades de fé. Em meio a tantas dificuldades e ameaças à sua cultura e às suas formas de vida, os discípulos e as discípulas missionários são testemunhas vivas de esperança”, expressam as lideranças. 
Com informações e imagem Repam.
Fonte: http://www.cnbb.org.br/comissoes-episcopais-1/amazonia/15392-rede-eclesial-faz-apelo-em-defesa-da-vida-na-amazonia

Cai desigualdade nas regiões metropolitanas

Estudo mostra redução das disparidades entre metrópoles do norte e do sul do país.

Os indicadores socioeconômicos das regiões metropolitanas brasileiras melhoraram entre 2000 e 2010 e mostram redução das disparidades entre metrópoles do norte e do sul do país. Os dados constam do Atlas do Desenvolvimento Humano nas Regiões Metropolitanas Brasileiras, divulgado nesta terça-feira (25), fruto de parceria entre o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e a Fundação João Pinheiro.

De acordo com o Atlas, entre 2000 e 2010, as disparidades entre as 16 regiões metropolitanas analisadas diminuíram e todas se encontram na faixa de alto desenvolvimento humano. A análise leva em conta o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM).

As regiões metropolitanas que apresentaram os maiores valores para o IDHM em 2010 foram São Paulo (0,794), Distrito Federal e Entorno (0,792), Curitiba (0,783), Belo Horizonte (0,774) e Vitória (0,772), todas com índices mais altos que os apresentados em 2000.

As regiões metropolitanas de mais baixo IDHM, em 2010, eram Manaus (0,720), Belém (0,729), Fortaleza (0,732), Natal (0,732) e Recife (0,734). Essas regiões, na mesma ordem, eram as de menor IDHM, em 2000. Entretanto, todas melhoraram.

Em 2000, apenas são Paulo tinha índice de desenvolvimento humano alto. Manaus tinha baixo e as outras regiões, médio. Em 2010, todas passaram a ter IDHM alto.

Em 2010, a diferença registrada entre a região metropolitana com o maior e o menor IDHM foi 0,074 pontos ou 10,3%. Enquanto São Paulo ficou com índice 0,794, Manaus estava com IDHM 0,720. Dez anos antes, essa diferença era 22,1%.

O IDHM é um número que varia entre 0 a 1: quanto mais próximo de 1, maior o desenvolvimento humano de um estado, município ou região metropolitana. O índice é calculado levando em conta três fatores: expectativa de vida, renda per capita e acesso ao conhecimento, que considera a escolaridade da população adulta e o fluxo escolar da população jovem.

Os dados do Atlas são calculados com base nos Censos Demográficos de 2000 e 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ( IBGE).

Entre 2000 e 2010, as regiões metropolitanas que apresentavam um IDHM menor tiveram avanço maior e as que tinham índices maiores cresceram menos. Isso fez com que as diferenças entre as regiões metropolitanas diminuíssem, resultando em maior equilíbrio entre as 16 regiões pesquisadas (Belém, Belo Horizonte, Cuiabá, Curitiba, Distrito Federal e Entorno, Fortaleza, Goiânia, Manaus, Natal, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador, São Luís, São Paulo e Vitória). Essas 16 regiões correspondem a quase 50% da população brasileira.

No período analisado, as regiões metropolitanas que tiveram o maior avanço no IDHM, em termos relativos, foram Manaus, Fortaleza, São Luís, Belém e Natal. As que tiveram menor avanço foram as de São Paulo, Porto Alegre, Curitiba, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Vitória.

Para o representante do Pnud no Brasil, Jorge Chediek, gestores públicos e população devem usar os dados do Atlas não apenas para constatar as disparidades, mas também para direcionar e reivindicar políticas pública inclusivas e eficientes para as áreas mais carentes.

“Para além de evidenciar o fato de que o país ainda tem um caminho a percorrer na redução das desigualdades em suas cidades, a intenção do Atlas é justamente ajudar no estabelecimento de políticas inclusivas que tenham como fim a melhoria das condições de vida das pessoas”, disse.

Além das regiões metropolitanas, foram pesquisadas 9.825 Unidades de Desenvolvimento Humano (UDHs), conceito próximo ao de bairros. Nessas UDHs, "é possível notar níveis significativos de desigualdades intrametropolitana", aponta o Atlas.
Agência Brasil

Fonte: http://domtotal.com/noticias/detalhes.php?notId=837858

Desperdício e sustentabilidade

Marcus Eduardo de Oliveira

Enquanto a atividade econômica for guiada estritamente por valores monetários, enaltecendo que o crescimento (quantitativo) da economia importa mais que o desenvolvimento (qualitativo), será difícil alcançar com o sucesso desejado à política de sustentabilidade, ou seja, àquela política que visa diminuir progressivamente o impacto humano no quadro atual de degradação e riscos provocados por estilos de vida, consumo e de produção incompatíveis com a limitação existente de recursos naturais.

Nesse pormenor, estamos de pleno e comum acordo às afirmações de Leonardo Boff, em seu “Sustentabilidade”, (ed. Vozes, 2012): “O mundo de produção industrialista, consumista, perdulário e poluidor conseguiu fazer da economia o principal eixo articulador e construtor das sociedades. O mercado livre se transformou na realidade central, substituindo-se ao controle do Estado e da sociedade, transformando tudo em mercadoria, desde as realidades sagradas e vitais como a água, os alimentos até as mais obscenas como o tráfego de pessoas, de drogas e de órgãos humanos”.

Hoje, somente o que tem valor de mercado é o que serve para a economia. O importante, pela voz que ecoa do mercado, é produzir cada vez mais; pouco importa para quem.

Fato concreto é que, enquanto a escassez e o desperdício de certos produtos forem mantidos para que se elevem os preços, a economia de mercado, “senhora suprema” do sistema de preços e vendas, continuará ditando as regras do jogo econômico.

Especificamente no que toca à fome – um dos maiores dramas do mundo moderno – a combinação de perdas e desperdícios de comida é simplesmente alarmante e indecente, o que provoca alterações substanciais no quadro de distribuição e preços desse produto.

Dados recentes do World Resources Institute e da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) apontam que a cada cem calorias de alimentos produzidos no mundo, 24 não chegam aos pratos. Por ano, o planeta desperdiça 1,3 bilhão de toneladas de alimentos, um prejuízo de US$ 750 bilhões.

Essa comida desperdiçada poderia alimentar 2 bilhões de pessoas (28,5% da humanidade), num mundo que convive com a existência de 1 bilhão de estômagos vazios – uma em cada oito pessoas, segundo relatório da Organização das Nações Unidas (ONU).

Ao todo, 24% da produção mundial de alimentos é perdida, o que equivale a 1,5 quatrilhão de kcal. Na somatória dos fatos, o desperdício de alimentos é mais um entrave à busca pela sustentabilidade.
Marcus Eduardo de Oliveira é economista e professor de economia da FAC-FITO e do UNIFIEO, em São Paulo | prof.marcuseduardo@bol.com.br
Fonte: http://domtotal.com/diario_bordo/detalhes.php?diaId=393

Papa pede Europa centrada nas pessoas

O discurso foi feito de manhã no Parlamento Europeu, em Estrasburgo, 26 anos depois de João Paulo II.

O papa Francisco apelou nesta terça-feira (25) aos deputados europeus para construir "uma Europa que gire não em torno da economia, mas da sacralidade da pessoa humana" e criticou a centralidade das "questões técnicas e econômicas" no debate político.

O discurso foi feito de manhã no Parlamento Europeu, em Estrasburgo, 26 anos depois de João Paulo II ter discursado no mesmo local em 1988. Na época, o papa recordou, logo no início de sua fala, que o mundo estava diferente, já sem os "blocos contrapostos" que dividiam a Europa, mas também "mais complexo e em intensa movimentação".

Sobre a União Europeia, específicamente, o papa argentino considerou que, nos últimos anos, "cresce a desconfiança dos cidadãos relativa às instituições", vistas como distantes do povo.

"Os grandes ideais que inspiraram a Europa parecem ter perdido a força de atração em favor do tecnicismo burocrático de suas instituições", disse Francisco perante mais de 700 deputados e também comissários europeus, além do presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker.

O chefe máximo da Igreja Católica acrescentou que, na União Europeia, "constata-se lamentavelmente a preponderância das questões técnicas e econômicas" no debate político, em vez da centralidade na pessoa.

"Na vocação de parlamentares, sois chamados também a uma grande missão, ainda que possa parecer não lucrativa: cuidar da fragilidade dos povos e das pessoas", apelou.
Agência Brasil
Fonte: http://domtotal.com/noticias/detalhes.php?notId=837876

Cresce número de crianças vítimas do tráfico

Segundo relatório da ONU, número aumentou 5% no período entre 2010 e 2012.

O número de crianças vítimas de tráfico de pessoas aumentou 5% no período de 2010 a 2012, em relação ao período de 2007 a 2010, segundo o Relatório Global 2014 sobre Tráfico de Pessoas, divulgado nesta segunda-feira (24), em Viena, pelo Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime. De acordo com o documento, os números mais recentes mostram que uma em cada grupo de três pessoas vítimas de tráfico tem menos de 18 anos.

Dentre as crianças, as meninas representam a maior parte, são duas em cada três crianças vitimadas. O relatório mostra também que não apenas crianças, mas também adultas, as mulheres são as mais assediadas pelo tráfico. Tanto que, consideradas todas as idades, elas equivalem a 70% das vítimas.

Quando se trata dos responsáveis pelo crime, a maioria é homem, 72% dos traficantes condenados. O relatório mostra ainda que em algumas regiões – como a África e o Oriente Médio – o tráfico de crianças é uma grande preocupação, já que elas representam 62% das vítimas.

De acordo com o documento, a maior parte das pessoas é vítima de exploração sexual, mas há também grande número de vítimas de trabalho forçado. As porcentagens variam de acordo com a região. Na Europa e Ásia Central, 66% são vítimas de exploração sexual, enquanto 26% são forçados ao trabalho em regime de escravidão. A situação é inversa no Leste e Sul da Ásia e no Pacífico, onde 64% são vítimas de trabalho forçado e 26% de exploração sexual.

Nas Américas, 48% são explorados sexualmente e 47% são submetidos ao trabalho forçado. Na África e no Oriente Médio as porcentagens são respectivamente 53% e 37%. Os demais são vítimas de tráfico de órgãos ou sofrem outras formas de exploração.

Impunidade

O relatório destaca que a impunidade continua sendo um problema sério: 40% dos países apontam apenas algumas ou nenhuma condenação, e ao longo dos últimos dez anos não houve aumento perceptível na resposta da Justiça global a estes crimes, deixando parcela significativa da população vulnerável.

Mais de 90% dos países têm leis que criminalizam tráfico de seres humanos desde que o Protocolo Adicional à Convenção das Nações Unidas contra o Crime Organizado Transnacional Relativo à Prevenção, Repressão e Punição do Tráfico de Pessoas, em Especial Mulheres e Crianças entrou em vigor, há mais de uma década.

Segundo o texto, as legislações encontradas, no entanto, não estão em conformidade com o protocolo, ou abrangem todas as vítimas. Dessa forma, ainda há baixo número de condenações. Entre 2010 e 2012, 40% dos países relataram menos de dez condenações por ano. Cerca de 15% dos 128 países que fazem parte do relatório não registraram nenhuma condenação. Mas foram identificadas vítimas de 152 nacionalidades, em 124 países, exploradas por 510 fluxos de tráfico.

Brasil

Um documento à parte, com informações compiladas de órgãos oficiais brasileiros, mostra que no país, de acordo com o Ministério Público Federal e a Polícia Federal, foram 147 condenados em 2010, 56 em 2011 e 54 em 2012, pelos crimes de tráfico e outras ofensas. Durante o período, foram identificadas 3 mil pessoas em condições análogas à escravidão. As vítimas de exploração sexual passaram de 59, em 2010, para 145, em 2012.

O relatório conclui sobre o Brasil que "o atual Plano de Ação Nacional (2012-2015) é baseado em uma análise aprofundada e sugestões e necessidades de diferentes setores sociais, o setor público, bem como especialistas sobre a questão do tráfico de seres humanos. O novo plano reflete mais, de forma abrangente, a visão, expectativas e ameaças percebidas pelo setor social. Os principais objetivos são a prevenção do tráfico humano e repressão eficaz, bem como a proteção das vítimas e apoio".
Agência Brasil
Fonte: http://domtotal.com/noticias/detalhes.php?notId=837758